As noves capitais no Nordeste reúnem, nas eleições de 2024, mais de 60 candidatos disputando o comando de cidades como Aracaju (SE), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).
O Diário do Nordeste realizou um levantamento sobre o cenário que antecipa o pleito nestes colégios eleitorais e detalhou, por ordem alfabética, cada uma das candidaturas colocadas à disposição para o eleitorado.
Nestas localidades, padrinhos em outras instâncias do Poder ou com relevância no cenário nacional dão as caras e direcionam seus apoios. Em sete das nove municipalidades listadas, prefeitos tentam ser reconduzidos aos cargos que ocupam atualmente.
ARACAJU (SE)
Na capital de Sergipe, oito nomes foram lançados pelos partidos políticos para o comando da prefeitura, cinco delas são mulheres. A listagem de postulantes inclui nomes de partidos aliados do atual prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), membros de partidos da base do governador Fábio Mitidieri (PSD) e figuras que marcam oposição aos dois governantes.
Integrante do Partido dos Trabalhadores (PT), Candisse Carvalho abre a lista de postulantes. Nas redes sociais, a jornalista e radialista sergipana destaca o apoio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e de outros correligionários para conquistar os votos dos eleitores aracajuanos. Sua coligação é formada pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e sua chapa é formada pela Professora Rosangela (PT).
A Delegada Danielle (MDB), por sua vez, é uma das candidatas de partidos que estão no entorno de Mitidieri. Para a disputa, no entanto, ela não conta com o apoio do gestor, que optou pelo candidato do PDT. Em 2020, no último pleito municipal, Danielle chegou ao segundo turno com Edvaldo Nogueira, mas perdeu para o pedetista — que foi reeleito. Sua legenda está isolada, e Professor Ayslan (MDB) é seu vice.
Uma das representantes da direita em Aracaju, Emília Corrêa (PL) está participando da disputa encabeçando uma chapa que tem Ricardo Marques (Cidadania) na condição de vice. Ela, que ocupa uma cadeira no Legislativo municipal, chega ao pleito com uma coligação composta pelo seu partido, pelo Agir e pela Federação PSDB-Cidadania.
Já o Partido da Causa Operária (PCO) lançou o professor Felipe Vilanova para a missão de concorrer ao cargo de prefeito da capital sergipana. O pleito municipal é o primeiro que Vilanova participa. O político divide uma "chapa pura" com o colega de sigla Arthur Lopes Santana Lima.
Luiz Roberto (PDT), por sua vez, foi o escolhido pelo partido de Edvaldo Nogueira para tentar sucedê-lo no comando da prefeitura. Ele também é o candidato apoiado pelo governador do Estado. Ex-secretário municipal, o pedetista divide chapa com Fabiano Oliveira (PP). A coligação que apoia a dupla conta, além das legendas que integram, com o PSD, o Republicanos, o Solidariedade e o PSB.
A professora Niully Campos (Psol) é outra candidata na lista de figuras que concorrem pela administração municipal. Junto com seu companheiro de chapa Alexis Pedrão (Psol), Niully faz parte da federação Psol-Rede. Essa será sua quarta tentativa de eleição, já que em 2016 disputou uma vaga na Câmara Municipal de Aracaju, em 2018 concorreu ao cargo de deputada estadual e em 2022 tentou se eleger como governadora de Sergipe.
A deputada federal Yandra Ferreira (União) fecha a relação de mulheres que concorrem pela gestão aracajuana. Filha do ex-deputado federal André Moura (União), a parlamentar tem como vice o ex-governador Belivaldo Chagas (Pode). Sua coligação é composta pelo seu partido e o do candidato a vice, pelo PRD, pelo DC, pelo Mobiliza e pelo Avante.
Servidor público estadual, Zé Paulo (Novo) é o oitavo candidato disputando a prefeitura de Aracaju. A sigla do prefeiturável está isolada na eleição. A advogada Lânia Barboza (Novo) completa a chapa.
FORTALEZA (CE)
A capital cearense divide, com Teresina (PI), o maior quantitativo de políticos concorrendo à prefeitura em toda a região Nordeste. Ao todo, nove partidários estão na corrida pela direção do Palácio do Bispo. Entretanto, nenhuma das candidaturas colocadas é encabeçada por uma mulher.
O deputado federal André Fernandes (PL) é um deles. Estreante na busca pelo Executivo de Fortaleza, ele tem como candidata a vice-prefeita Alcyvania Pinheiro. A dupla disputa a gestão municipal em uma "chapa pura" e não conta com mais partidos na coligação.
Dividindo a preferência do eleitorado de direita também está o ex-secretário de Saúde de Maracanaú, Capitão Wagner (União). Em sua terceira tentativa pela prefeitura, Wagner terá seu nome vinculado nas urnas ao da conselheira tutelar Edilene Santos, também do seu partido. O União Brasil também tem chapa pura na corrida pelo comando de Fortaleza.
O Partido Comunista Brasil (PCB) é outro que lançou candidatura na capital do Ceará, com uma chapa liderada pelo militante e advogado Chico Malta. Quem acompanha ele na composição é Roberto Santos, operário e diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Fortaleza e Região Metropolitana. A Justiça Eleitoral indeferiu a participação de Malta, mas cabe recurso.
Eduardo Girão (Novo) é mais um candidato que representa a direita na disputa pela cadeira de prefeito junto ao eleitorado fortalezense. O senador encabeça uma "chapa pura" e tem como candidata a vice-prefeita Silvana Bezerra de Menezes (Novo), viúva do ex-governador Adauto Bezerra.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), Evandro Leitão (PT), também está na corrida eleitoral. Ele, junto com sua vice, a deputada estadual Gabriella Aguiar (PSD), conta com uma coligação que reúne os partidos da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), o PP, o PSB, o PSD, o Republicanos e o MDB.
Também de um partido que faz parte da base do governo Elmano de Freitas (PT), outro candidato concorre pelo Palácio do Bispo, o ex-deputado George Lima, do Solidariedade. A chapa tem como candidata a vice a advogada Rachel Girão, da mesma legenda partidária. Não houve coligação com demais agremiações.
Fortaleza é uma das capitais nordestinas em que o atual prefeito concorre pela recondução ao cargo. José Sarto (PDT) foi o escolhido pelo colégio eleitoral fortalezense em 2020 e tenta agora, com seu vice Élcio Batista (PSDB), uma nova vitória. Na coligação que sustenta a candidatura constam o Agir, o Avante, o DC, o Mobiliza, a Federação PSDB-Cidadania, o PRD e o PDT.
Para outubro, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) também colocou um filiado à disposição do eleitor da cidade alencarina. Técio Nunes (Psol) foi o escolhido pelos membros do partido. Ele compartilha a chapa com a ambientalista Cindy Carvalho (Rede). A coligação que os dois representam conta com a Federação Psol-Rede e a UP.
O quatro de postulantes conta com mais um sindicalista, Zé Batista, candidato pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). A "chapa pura" apresentada pela legenda conta também com a militante Malu Costa. O PSTU está isolado na disputa.
JOÃO PESSOA (PB)
A capital da Paraíba tem seis políticos concorrendo na eleição municipal. Apesar da meia dúzia de nomes, todos eles são homens. Um dos postulantes é o atual mandatário da cidade, que tentará sua reeleição repetindo a composição vitoriosa de 2020, ao lado do vice-prefeito.
Na esteira de candidaturas à Prefeitura de João Pessoa está a de Camilo Duarte (PCO). Ele é servidor público federal e conta com o seu correligionário Val Alves como candidato a vice-prefeito. Essa é a segunda vez que Duarte concorre ao cargo. O PCO está isolado na disputa.
Cícero Lucena (PP), atual ocupante da cadeira de prefeito, busca a sua continuidade frente ao comando do Executivo. A chapa tem como candidato a vice-prefeito Léo Bezerra (PSB). A coligação que o apoia tem partidos como PDT, PP, Avante, Solidareidade, Mobiliza, DC, Agir, PSD, Republicanos e PSB. Esta é a terceira eleição que Lucena concorre pela prefeitura.
O deputado estadual e ex-prefeito Luciano Cartaxo (PT), embora faça parte da base do governador João Azevêdo (PSB) — que tem seu partido na coligação do prefeito Lucena —, optou por uma candidatura própria. Ao seu lado está a ex-diretora do Ministério da Saúde, Amanda Rodrigues (PT). Duas federações, a Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e a Psol-Rede, integram a coligação da dupla de petistas.
(*) Reportagem completa no Diário do Nordeste
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