A evolução das concessões e parcerias público-privadas (PPPs) nos municípios brasileiros contraria a tendência histórica de perda de ritmo em anos eleitorais e segue intensa em 2024, mesmo com a proximidade do fim do mandato dos atuais prefeitos.
A informação consta do mais novo relatório iRadarPPP, que será antecipado todos os meses pela CNN. Elaborado pela Radar PPP, consultoria de referência no mercado de infraestrutura, o boletim serve como um indicador de avanços e retrocessos em mais de 5,4 mil projetos de concessões e parcerias público-privadas espalhadas pelo país — da União, estados e municípios.
De acordo com a consultoria, existe uma tendência histórica de que os municípios — entes federativos que mais desenvolvem PPPs desde 2015 — desacelerem movimentações em projetos dessa modalidade nos meses anteriores a pleitos eleitorais.
Sócio da Radar PPP, Frederico Ribeiro explica que anos eleitorais costumam ser “anos de fechamento” para os projetos, com o início da licitação ou fim do período de consulta pública. Essas fases agregam ao índice da consultoria que mede a “temperatura” do mercado de PPPs, mas em menor escala.
“A gente percebe há vários ciclos que existe um crescimento do número de iniciativas no primeiro, segundo e terceiro anos de mandato. No terceiro, alcança um pico. E no quarto ano esse número é menor, porque dificilmente um governo, a menos que seja muito maduro, apresenta iniciativas para estruturar contratos”, disse.
Nenhum comentário: