QUASE 100 FUNCIONÁRIOS FORAM VÍTIMAS
Pelo menos 15 empresas sediadas no Ceará submeteram 96 trabalhadores a condições análogas à escravidão, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O órgão atualizou, nesta quarta-feira (9), a chamada "lista suja do trabalho escravo".
Ao todo, 155 empresas de todo o Brasil foram incluídas, sendo três no Ceará. O cadastro já continha 12 empresas do estado, e, com a adição das novas três, o número de empresas cearenses que desrespeitam os direitos trabalhistas chegou a 15.
Atualmente, há 724 empregadores do país inteiro na "lista suja". As empresas cearenses estão em diferentes setores, como construção civil e alimentos, e localizadas em 12 municípios do estado, incluindo Fortaleza, Região Metropolitana e interior. Uma das empresas autuadas é uma churrascaria no Meireles, na capital cearense.
O cadastro é atualizado a cada seis meses, com o objetivo de garantir transparência às ações dos auditores-fiscais do trabalho no enfrentamento desse problema. A última atualização havia sido divulgada em outubro de 2024.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, empresas e empregadores passam a integrar a “lista suja” quando o processo que os envolve por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão é encerrado de forma definitiva, com julgamento concluído e sem possibilidade de novos recursos.
Após a inclusão, o nome da empresa permanece na lista por dois anos, como determina a instrução normativa que regula o cadastro.
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