Valério Rodrigues de Araújo, conhecido como 'Lerim', tem 34 anos e foi preso na BR-222, em Tianguá (CE), próximo a um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O homem tem passagens pela polícia desde 2012 e já foi preso 4 vezes. A prisão preventiva pelo crime de organização criminosa foi realizada no final da tarde da última quarta-feira (12).
A prisão foi possível após análises de risco e troca de informações entre equipes da PRF e da PCCE, que indicavam o deslocamento do suspeito para a região. Procurado pela reportagem, o advogado Heitor Fontenele, que representa a defesa de Valério, disse que o mandado de prisão expedido contra o cliente é decorrente de uma investigação que "em andamento".
"Ainda é prematura qualquer análise quanto aos fatos, todavia, com o exercício da ampla defesa e o contraditório, todas as acusações serão devidamente combatidas no processo".
Além da prisão, Valério ainda teve o carro, um Jeep Compass prata alugado, e o aparelho celular apreendidos. Os bens estavam com 'Lerim' no momento da abordagem. O celular vai ser levado para apuração através de procedimento policial.
SOBRE 'LERIM'
Valério informou à Justiça, quando questionado sobre a profissão, que era verdureiro. Ele tem três filhos, sendo um deles autista. Um dos filhos tem 13 anos e outro, 17. A idade do terceiro não foi informada. 'Lerim' se considera pardo. Ele é casado, mas está atualmente separado. O homem de 34 anos nasceu em 17 de maio de 1991 e possui o Ensino Fundamental incompleto. Ele estava foragido da Justiça e é apontado como líder da facção criminosa Comando Vermelho na região da Serra da Ibiapaba.
ANTECEDENTES CRIMINAIS
Segundo a polícia, Valério responde a cerca de 50 processos criminais, a maioria por tráfico de drogas e homicídios. Na ficha de 'Lerim', constam 6 homicídios dolosos confirmados e 2 em investigação. Ele também é denunciado por porte ilegal de arma de fogo, crime contra a administração pública e crimes de trânsito. Além disso, 'Lerim' é investigado em um caso de 2015 por furto qualificado (arrombamento).
Em 2020, Valério foi preso em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo após a polícia encontrar cápsulas de arma de fogo dos calibres 380 e .40, três balanças de precisão, cocaína, sacos plásticos com resquícios do entorpecente, dois coldres para arma de fogo e dinheiro na casa dele.
Durante a interceptação em Tianguá, os policiais confirmaram que Valério possuía mandado de prisão em aberto e era considerado de alta periculosidade, com extensa ficha criminal.
DEFESA
A reportagem procurou a defesa de Valério Rodrigues de Araújo, mas não obteve resposta até o momento da publicação da matéria. O espaço segue aberto para um futuro posicionamento.
*Estagiária sob supervisão do jornalista Emerson Rodrigues







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