O diabetes se consolidou como um grande problema de saúde pública mundial. De acordo com o relatório mais recente da International Diabetes Federation (IDF), mais de 589 milhões de adultos entre 20 e 79 anos vivem com a doença, o que corresponde a 1 em cada 9 pessoas nessa faixa etária. Um dado preocupante é que 43% desse grupo ainda não recebeu diagnóstico, revelando um cenário de subdetecção global.
A forma mais comum, o diabetes tipo 2, costuma se desenvolver de maneira silenciosa. Seus sintomas — como sede excessiva, cansaço, aumento da fome e visão embaçada — podem ser leves ou facilmente atribuídos ao estresse. A falta de acesso a exames simples de glicemia e a baixa percepção de risco, especialmente entre adultos jovens, agravam o problema. Quando o diagnóstico chega tarde, o paciente muitas vezes já apresenta complicações sérias, como infarto, AVC, insuficiência renal e danos à visão, o que reforça a importância de identificar a doença o quanto antes.
Felizmente, o diagnóstico é simples e acessível, podendo ser feito por meio de exames de sangue amplamente disponíveis, como glicemia em jejum e hemoglobina glicada. Especialistas recomendam o rastreamento para todas as pessoas acima de 35 anos e para adultos com sobrepeso, obesidade ou fatores de risco adicionais, como hipertensão e sedentarismo. A boa notícia é que o diabetes tipo 2 pode ser prevenido e até revertido nos estágios iniciais com hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e controle do peso.
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