Fazenda no Ceará abriga 104 animais exóticos da África e da Índia



Uma fazenda localizada no município de Caucaia, na Grande Fortaleza, virou um santuário para sete espécies de animais exóticos nativos da África e da Ásia. A propriedade, a Fazenda Haras Claro, abriga 70 cervídeos e 34 antílopes, totalizando 104 mamíferos, que vivem em um espaço de 10 hectares. No local, eles recebem cuidados especiais, como dieta balanceada e avaliação médica.
Embora sejam nativos da África e Índia, eles nasceram no Brasil. Os cervídeos, ou veados (nome popular), são divididos em quatro espécies: Russa, que tem 42 bichos, Dama (12), Axis (11) e Nobre (5), enquanto os antílopes possuem três grupos: Waterbuck (11), Capri (16) e Eland (7).
“Nos cervídeos, só os machos têm chifres, que crescem o ano inteiro para que possam lutar e competir pelas fêmeas. Quando passa a época da reprodução, a galhada suntuosa cai e começa a crescer, porque eles têm células que sintetizam a matriz do chifre. Algumas espécies de antílopes não têm chifre. A galhada não cai e é formada por um prolongamento do osso do crânio”, explica o médico veterinário Leandro Rodrigues.
Os animais foram adquiridos em criadouros comerciais registrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no Maranhão e em Goiás. Por terem vindo de climas áridos, não tiveram problemas de adaptação no Ceará, mas os cuidados com alimentação recebem atenção redobrada.
“São todos animais pastadores e têm uma dieta vegetariana diversificada. Nós usamos ração de equinos balanceada devido aos níveis de proteínas que esses herbívoros precisam, por isso não é a (mesma alimentação) bovina”, descreve o profissional.
De acordo com o veterinário, o ambiente onde eles vivem precisa ser aberto, ter zonas de fuga e vegetação coberta para que eles se sintam seguros e consigam se refugiar. A propriedade que eles habitam possui arbustos e capim entremeados com pés de juazeiro, que servem de sombra e cujos frutos viram comida, quando caem. Há também um açude ao fundo do recinto, usado habitualmente por algumas espécies para o banho.
Considerados mamíferos arredios, as espécies enxergam os seres humanos como predadores. Isso dificulta o trabalho de avaliação clínica, já que os profissionais não conseguem se aproximar dos animais. Assim, eles utilizam binóculos e câmeras com zoom para mapear as condições de saúde. Caso seja necessário aplicar soro ou medicação, eles utilizam um rifle anestésico. “Nessa hora, eu aproveito para fazer exame de sangue e ultrassom”, pontua o profissional.
Fonte: G1 CE
Por Agência Miséria
Miséria.com.br

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