Por que o Brasil ainda insiste em remédios sem eficácia contra Covid-19?

OTO ILUSTRATIVA
Na contramão do mundo, o Brasil segue insistindo no uso de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, e os efeitos mais graves desta aposta perigosa começam a aparecer. O Painel de Notificações de Farmacovigilância da Anvisa registrou, em 2020, um aumento de 128% nas notificações de efeitos adversos por ingestão de medicamentos. A lista é encabeçada por alguns nomes que ficaram bastante populares por aqui durante a pandemia: cloroquina (aumento de 558%), azitromicina (228%) e até a ivermectina, que em 2019 não registrava nenhum caso de efeito adverso e no ano passado registrou 11.

A despeito dos estudos que apontam sua ineficácia, o chamado Kit Covid ainda é usado no Brasil e, embora a cultura da automedicação seja uma das grandes responsáveis, não é a única. Nas últimas semanas, multiplicaram-se as denúncias de médicos das redes privadas demitidos por não prescreverem cloroquina a pacientes.

Neste episódio do E Tem Mais, Monalisa Perrone recebe o farmacêutico e ex-presidente da Anvisa Dirceu Barbano para entender os riscos do uso indiscriminado de remédios sem eficácia contra a Covid-19. Barbano fala também sobre o problema da automedicação no Brasil e a possibilidade de falta de estoque desses medicamentos para outros tratamentos. Também participa do episódio a infectologista Carolina Ponzi, que comenta a insistência de profissionais da saúde em prescrever o Kit Covid e fala sobre o estado clínico de pacientes que chegam aos hospitais doentes pelo uso contínuo desses medicamentos.




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