Ainda em 2023, em dezembro, Preta anunciou a remissão da doença após um tratamento bem-sucedido. Em agosto de 2024, porém, a artista contou que o câncer havia voltado, um processo conhecido como recidiva.
Em muitos casos a recidiva pode ser mais desafiadora de tratar do que o câncer inicial, porque costuma indicar um comportamento biológico mais agressivo da doença. No caso de Preta, houve, naquele momento, metástase em quatro regiões: em duas estruturas do sistema linfático (linfonodos, que são estruturas de defesa do intestino); no peritônio, membrana que reveste órgãos como intestino, fígado e estômago; e no ureter, tubo por onde passa a urina.
O câncer colorretal se refere a tumores que se iniciam em parte do intestino grosso (cólon) e na porção final do intestino (reto). Cada vez mais frequente em adultos jovens, o câncer de intestino é um dos tumores mas comuns entre os brasileiros, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), com alta taxa de incidência também em todo o mundo.
Os exames de rastreamento são recomendados a partir dos 45 anos, mas o aumento dos casos entre os mais jovens tem preocupado especialistas.
Relatório publicado em janeiro de 2024 pela American Cancer Society (ACS) apontou que as taxas de câncer colorretal estão aumentando rapidamente entre pessoas nas faixas dos 20, 30 e 40 anos. Esse tipo de tumor em pacientes mais jovens também tende a ser mais agressivo e muitas vezes é identificado em estágios mais avançados.
O rastreamento se dá por meio do exame de sangue oculto nas fezes e, em caso positivo, deve ser feita a colonoscopia. Mas, diante do crescente aumento de casos, várias sociedades médicas passaram a recomendar a colonoscopia para todos os adultos com mais de 45 anos, mesmo que não tenham sintomas.
De início silencioso, como acontece com a maioria dos tumores, a doença costuma se manifestar com alterações no hábito intestinal (intestino que naturalmente é preso começa a ficar solto ou vice-versa), presença de sangue nas fezes, dores abdominais e alterações no formato das fezes, que ficam mais finas ou alongadas. Um dos maiores desafios é o diagnóstico precoce.
Além do componente genético, especialistas começam a investigar se existem fatores ambientais que causam câncer precoce. Alguns estudos pequenos sugerem, por exemplo, a ideia de que pacientes que desenvolvem câncer colorretal em idade precoce têm um desequilíbrio de bactérias "boas" e "ruins" no intestino.
O tratamento depende do estágio da doença. Nas fases iniciais, o câncer colorretal é tratado, na maioria das vezes, exclusivamente com cirurgia. Nos casos mais avançados, que acometem os linfonodos, o tratamento inclui também quimioterapia preventiva após a cirurgia. Já a doença que tem metástase é geralmente tratada com quimioterapia.
(*) O Otimista
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