O rapper Mauro Davi Nepomuceno, conhecido como Oruam, foi indiciado nesta segunda-feira (21/7) após confrontar agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) durante uma operação em sua casa, no Joá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação policial buscava cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor acusado de roubo, que estaria escondido na residência.
De acordo com a Polícia Civil, o artista e outros indivíduos atacaram os policiais com pedras para impedir a apreensão do menor. Oruam ainda filmou a ação e publicou vídeos nas redes sociais xingando o delegado Moyses Santana, titular da DRE. "Tem mais de 20 viaturas na minha casa. O mesmo delegado que me prendeu. Eu estava saindo e colocaram a pistola na minha cara", afirmou em um dos vídeos
O cantor também fez menção ao histórico criminal do pai, Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho. "Claro que ele vai querer prender nós porque nós é filho de bandido", disse.
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, Oruam será indiciado por associação ao tráfico, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato. “Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho”, afirmou em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
Esta não é a primeira vez que o rapper se envolve com a polícia. Em fevereiro, ele foi preso em flagrante por abrigar um foragido da Justiça — o traficante Yuri Pereira Gonçalves, encontrado em sua casa com uma pistola 9mm equipada com kit-rajada. Oruam foi liberado horas depois.
Na semana anterior a esse episódio, o cantor já havia sido detido após realizar manobras perigosas com o carro na orla da Barra da Tijuca. Ele foi autuado por direção perigosa e liberado após pagamento de fiança no valor de R$ 60 mil.
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