O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (4/8) que irá cobrar caução de até US$ 15 mil — o equivalente a R$ 82 mil — para vistos de turismo e de negócios. A lista dos países abrangidos no programa será publicada nesta terça-feira (5). De acordo com o governo norte-americano, o objetivo é evitar "altas taxas de permanência ilegal” de países “onde as informações de triagem e verificação são consideradas deficientes", conforme o comunicado.
Com a finalidade de combater a “invasão” no território estadunidense, o programa piloto será lançado no dia 20 de agosto e durante 12 meses será executado como um teste, que irá atingir solicitantes dos vistos B-1 (para atividades de negócios temporárias, como participação de reuniões e conferências) e B-2 (que cobre viagens de turismo, lazer e tratamento médico).
A medida será desenvolvida em parceria com o Departamento de Segurança Interna. A lista dos países poderá ser atualizada ao longo do projeto com 15 dias entre o anúncio e a promulgação. As autoridades consulares poderão cobrar três opções de valores: US$ 5 mil (R$ 27,6 mil), US$ 10 mil (R$ 55,2 mil) ou US$ 15 mil (R$82 mil). A taxa mais comum, informou o Departamento de Estado, deve ser a de US$ 10 mil.
No mesmo dia em que serão anunciados os países-alvo da medida, o governo norte americano publicará uma explicação sobre as exigências das cauções. O anúncio foi divulgado no site da Federal Register.
Em novembro de 2020, o Departamento de Segurança dos EUA havia tentado implementar uma versão desse programa, com o objetivo de afetar 24 países, incluindo Afeganistão, Irã e Síria. No entanto, o projeto não avançou por causa da queda global nas viagens causadas pela pandemia de covid-19.
(*) Correio Braziliense
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