Entre 2018 e 2024, as rodovias federais que cortam o Ceará registraram 700 atropelamentos de pedestres. Após uma queda entre 2020 e 2022, na comparação com os anos anteriores à pandemia de Covid-19, os números voltaram a subir nos últimos dois anos. Em todo o período analisado, 63% dos casos ocorreram ao anoitecer ou durante a noite.
A tendência se repete em Fortaleza, que contabilizou 262 atropelamentos no mesmo intervalo, e no Brasil como um todo. Depois de registrar o menor número da série em 2021, a capital cearense viu os casos voltarem a subir e chegarem a 45 em 2024 — o maior patamar desde antes da pandemia. A maior parte dos sinistros que ocorreram na Cidade também foram nos períodos de menor luminosidade.
Esses dados fazem parte de um estudo divulgado na última quarta-feira (10) pela Fundação Dom Cabral (FDC) e realizado a partir de registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O levantamento reúne análises diversas, com informações sobre os sinistros registrados nas rodovias, tipo de veículo, tipo de traçado viário, dia da semana, período do dia, condições climáticas, entre outras.
Aproximadamente de 84% dos atropelamentos registrados ao longo dos sete anos analisados ocorreram em duas rodovias: a BR-116 — que cruza o Ceará ligando Fortaleza a Penaforte, no Cariri, e teve 335 casos (47,9%) — e a BR-222 — que corta o Estado de leste para oeste e teve 254 atropelamentos (36,3%).
(*) Diário do Nordeste







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