Parece ontem, mas foi em 2024 que a americana Courtney Henning Novak ganhou as redes sociais ao reagir, emocionada, à leitura de clássicos da literatura brasileira. Após conferir “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, ela não poupou comentários sobre “A Hora da Estrela”: “Como vocês vivem depois de ler Clarice Lispector?”, indagou.
A repercussão está longe de ser isolada. Nos últimos anos, cada vez mais nomes de nossas letras têm chegado ao estrangeiro com reverência e pompa. Descoberto e finalmente explorado, o pote de ouro gera efeitos, e Lispector é constantemente referenciada nesse movimento. É o que justifica o lançamento, nesta terça-feira (9), de um livro sobre o tema.
“Clarice Lispector em língua inglesa - Uma história contada pela tradução”, publicado pela Editora UFC, tem autoria da professora e pesquisadora Antonia Sales, e chega ao público no exato dia de falecimento da ucraniana radicada no Brasil. O livro reforça a dimensão pop de Clarice, sobretudo devido a um projeto de marketing bem-sucedido lá fora.
“Nas duas últimas décadas, ela se tornou um cânone literário mundial, alcançando diversos públicos. Nesse momento de divulgação da escritora, há uma ênfase na raiz judaica dela e na qualidade da escrita”, introduz Antonia.
(*) Diário do Nordeste







Nenhum comentário: