DEPOENTE DENUNCIOU LULINHA
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) rejeitou convocar o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para depor. A decisão foi tomada por 19 votos contra a convocação, enquanto 12 parlamentares eram a favor, nesta quinta-feira (4).
Fábio Lula da Silva, conhecido como Lulinha, ficou em evidência após uma testemunha afirmar à Polícia Federal que ele tinha relações de sociedade com Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, que lhe pagaria uma mesada de cerca de R$ 300 mil. Antônio foi preso no dia 12 de setembro deste ano por envolvimento nas fraudes do órgão.
Por 19 votos contra 11, a CPMI também rejeitou a convocação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União. Ele foi indicado pelo presidente da república para a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).
DEFESAS E ACUSAÇÕES A LULINHA
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder do governo na CPMI, acusou a oposição de tirar o foco da investigação sobre os desvios do INSS para criar palanque político, a fim de tentar atingir o governo, e prometeu processar os que acusam o filho de Lula.
Paulo Pimenta defendeu que não há qualquer prova, além do suposto depoimento da testemunha, que vincule o filho do presidente aos desvios no INSS. Ele diz que o depoente é “uma pessoa completamente desacreditada, um desqualificado, que não apresentou nenhuma prova".
Por outro lado, o senador Sergio Moro (União-PR), defendeu a aprovação da convocação do filho do presidente.
“Esse fato não permanece mais escondido e esses parlamentares que aqui o blindarem não estão dignificando e cumprindo com honradez os seus mandatos. Beira prevaricação a recusa em aprovar requerimentos de investigação do senhor Fábio Lula da Silva ou de convocá-lo para prestar depoimento”, disse Moro.







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