Fabíola Paiva, mãe da soldado Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, afirmou que a filha viveu quatro anos de relacionamento abusivo e violento com o também soldado Joaquim Filho. Larissa morreu nesta quarta-feira (3), após ser baleada por ele durante uma briga no Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza. Segundo Fabíola, Joaquim já havia demonstrado comportamentos violentos, como atirar em uma garrafa de Larissa, no sofá e no chão da casa dela.
“Ela conheceu ele no curso de formação da Polícia e, nessa época, ele já agrediu ela, deu um tiro na garrafa dela por conta que ela estava falando com outro colega de trabalho”, disse Fabíola em entrevista à TV Verdes Mares.
“De lá pra cá, foi só isso. Foi tiro no sofá, ele já rasgou o colchão dela todinho de faca. Tem tiro no chão da casa dela, a porta do apartamento dela está toda quebrada do trinco até o teto que ele arrombou para poder entrar”, reforçou a mãe.
Larissa relatou a uma amiga uma agressão sofrida por Joaquim. A mãe também comentou esse caso. “A última coisa que eu soube foi dessas coronhadas, que ele bateu nela só de coronhada. Ele só faltou matar ela. Foi quando eu disse que ia denunciar [...] Ele já quebrou o dente dela”, disse Fabíola.
O casal discutiu nesta quarta-feira dentro de um carro e ambos sacaram armas de fogo. Cada um atirou contra o outro. Larissa foi atingida no abdômen e no tórax e não resistiu. Joaquim foi lesionado, sobreviveu e está hospitalizado sob escolta policial.
Fabíola contou que, durante o relacionamento, Joaquim chegou a ameaçá-la também. “Eu liguei para ela desesperada, dizendo que ia denunciar [após as coronhadas]. Foram quatro anos de muito sofrimento na mão dele, e ela não conseguia se livrar”, lamentou a mãe da soldado.
“Da última vez, dessas coronhadas, eu disse que ia denunciar, ele bateu foto do meu apartamento, disse que, se eu denunciasse, ele sabia onde eu morava”, revelou Fabíola.
(*) g1 Ceará







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