Uma testemunha ouvida pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as fraudes que geraram descontos indevidos a beneficiários do INSS falou sobre uma possível ligação do filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, que foi preso no dia 12 de setembro deste ano por envolvimento nos crimes.
Segundo Edson Claro, que também é um dos alvos da investigação, Fábio Luís Lula da Silva teria uma sociedade empresarial com o Careca do INSS e teria recebido dele um valor aproximado em R$ 300 mil por mês durante um período não especificado. O depoente ainda afirmou que o filho do presidente da República esteve em Portugal junto com o Careca do INSS.
Edson Claro é ex-funcionário de Antônio Carlos e se diz ameaçado pelo ex-patrão. As denúncias dele foram colhidas pela Polícia Federal, mas ainda não houve coleta de provas sobre o que foi relatado.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI, afirmou, nesta quinta-feira (4), que irá solicitar a presença de Edson no Senado. O novo depoimento deve ser colhido em fevereiro, segundo o parlamentar.
Caso compareça à sabatina, o depoente poderá esclarecer o tipo de sociedade que o filho de Lula pode ter mantido com o Careca do INSS. Esse detalhe ainda é desconhecido.
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