'República das bananas' de Bolsonaro, desfile 'intimidatório' e 'crise nas instituições' foram as formas que jornais noticiaram o ato organizado para o mesmo dia em que a Câmara analisa o voto impresso.
O desfile militar organizado pela Marinha ontem, terça-feira (10) para levar um convite ao presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto teve repercussão em diversos meios internacionais.
Realizado no mesmo dia em que a Câmara vai votar a proposta do voto impresso, o ato levou veículos blindados de uso militar à Praça dos Três Poderes e chegou a ser descrito como "intimidatório".
Veja abaixo como foi a repercussão na imprensa internacional:
'The Guardian' (Reino Unido) > desfile militar da república das bananas bolsonaro condenado pela crítica: DIZ O JORNAL BRITÂNICO
"
A newsletter de política externa do "Washington Post" desta quarta-feira (11) foi sobre o Brasil. O texto compara Bolsonaro a Donald Trump, o ex-presidente dos Estados Unidos.
Veja abaixo um trecho da publicação.
"O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente Donald Trump eram dois exemplos de ultranacionalistas. Os dois chegaram ao poder em uma onda de raiva contra o establishment político. Os dois gostavam da reputação de rebeldes politicamente incorretos que gritam alto. Os dois usaram a guerra cultural da direita e ao mesmo tempo adotaram políticas que favorecem as elite ricas e ao mesmo tempo corroem os esforços internacionais para agir em relação ao clima. Os dois se atrapalharam com a pandemia de coronavírus, que custou centenas de milhares de vidas nos seus países."
O texto afirma que os dois políticos, "confrontados com a reeleição, escolheram uma tática de criar pavor sobre o que eles dizem ser fraudes e tentar colocar sob suspeita a integridade dos processos democráticos de seus países".
Para o alemão "Der Taegesspiegel" o desfile militar foi "estranho", em uma reportagem intitulada "Tanques de guerra rodam pelo centro da capital brasileira".
No site do jornal francês "Le Monde", a publicação diz que o desfile acontece em um momento de "plena crise com as instituições judiciárias do Brasil".
A reportagem destaca ainda que o evento é um "gesto simbólico", "politicamente calculado" em uma "tentativa de demonstração de força".
G1
Nenhum comentário: