Ceará não registra casos de microcefalia associados ao Zika vírus há mais de 3 anos

Há praticamente quatro anos, estão zerados os registros de Síndrome Congênita do Zika (SCZ) no Ceará. A síndrome associada à infecção pelo vírus pode provocar um conjunto de má-formação e problemas de desenvolvimento nos bebês – como microcefalia, deficiências do sistema nervoso central, epilepsia, além de dificuldades auditivas, oftalmológicas e de deglutição.

Em 2016, o Estado somou 105 casos de SCZ, conforme dados disponibilizados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) ao Sistema Verdes Mares. Entre 2018 até o último dia 16 de agosto, porém, não houve mais nenhum caso registrado. Em 2017, a Sesa contabilizou apenas um, já refletindo uma queda abrupta (99%) de acometimento da síndrome ante o ano imediatamente anterior.

O último surto no Brasil ocorreu entre 2015 e 2016, elevando a quantidade de crianças com microcefalia, uma má-formação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Apesar de ser um sinal clínico prevalente, a microcefalia não está presente em todos os casos de síndrome pelo Zika, podendo ser causada por outras doenças como a taxoplasmose e a rubéola.

Embora os casos de microcefalia associada à SCZ estejam zerados no Ceará, há dois casos suspeitos em avaliação no momento, afirma o neurologista infantil com atuação em Neurogenética e chefe do serviço de neurologia do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), André Luiz Santos Pessoa.

Em 2016, foram confirmados 2.357 casos de infecções pelo Zika no Ceará, sendo 110 em gestantes, que culminaram em 105 casos da SCZ em bebês. Neste ano, até 16 de agosto, o total de infecções caiu para 135, sendo 9 em gestantes e sem casos de síndrome.
(*) Diário do Nordeste (Matéria)

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