Luz começa a piscar: popularidade de Bolsonaro cai entre os mais ricos e escolarizados

 



Os números das primeiras pesquisas de intenção de votos divulgados nos últimas dias levam aliados do presidente Jair Bolsonaro a expor certa preocupação quanto aos índices de aprovação do Governo e do próprio Chefe da Nação que se prepara para concorrer à reeleição. Uma luz está piscando como alerta dessas inquietações: a queda da popularidade do presidente entre os eleitores mais ricos e escolarizados.

Os aliados mais próximos ao Palácio do Planalto, mesmo com os baixos índices que Bolsonaro tem nas pesquisas, trabalham, porém, com uma certeza: as medidas no âmbito social, como Auxílio Brasil e a renegociação das dívidas do FIES, podem ajudar o presidente a recuperar popularidade e se viabilizar para o segundo turno da disputa presidencial.

As pesquisas de intenções de voto apontam que Bolsonaro tem perdido apoio de grupos que foram importantes para a vitória dele no pleito de 2018. Entre as principais queixas dos entrevistados, estão a alta da inflação — que fechou 2021 em 10,06%, maior nível desde 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — e a condução da pandemia, que levou à morte mais de 620 mil pessoas.

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta semana, mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança com 45%, contra 23% de Bolsonaro. Entre os entrevistados com maior renda (acima de cinco salários mínimos), a avaliação negativa do atual governo cresceu 8%, desde a edição anterior do levantamento, em dezembro. Antes, 44% desse público desaprovava a gestão do presidente, ante 52% em janeiro de 2022.

De acordo com a pesquisa, a alta da inflação é o fator que rende a maior desaprovação a Bolsonaro, com 80% de rejeição dos entrevistados. Apenas 18% aprovam o jeito como o presidente está lidando com o problema — 2% não souberam ou não responderam.

A rejeição a Bolsonaro também cresceu entre os mais escolarizados. Segundo a pesquisa, 54% dos entrevistados com ensino superior incompleto ou mais avaliam negativamente a gestão do presidente. Em dezembro, esse número ficou em 49%.


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