Camilo dá nó nos descontentes do PT e deixa mais uma vez recado de lealdade aos irmãos Cid e Ciro

O governador Camilo Santana fez uma costura para barrar solavancos que ameacem a manutenção da aliança entre PT e PDT e deu um nó, com antecedência de seis meses, nos descontentes que passaram a defender o lançamento de uma candidatura própria ao Palácio da Abolição. Camilo não é de gritar, mas precisou esbravejar e cobrar dos aliados que estão bem contemplados na estrutura de poder para não fragilizá-lo na relação de lealdade que construiu nos últimos 10 anos. Com o apoio de 70% dos delegados ao encontro estadual, que define os rumos do partido nas eleições de 2022, o PT aprovou uma resolução com dois pontos especiais: a pré-candidatura de Camilo ao Senado e a permanência da aliança com o PDT. Essa decisão poderia ser adotada nas convenções a serem realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, mas Camilo puxou as rédeas e cobrou uma posição mais firme – com muita antecedência, sobre o que o PT quer no Ceará. REDEFINIÇÃO DE RUMOS Leal aos irmãos Cid e Ciro que os proporcionaram chegar ao comando administrativo do Estado, Camilo Santana manifestava ao deputado federal José Nobre Guimarães a necessidade do redirecionamento dos rumos que a discussão sobre candidatura própria estava ganhando. Camilo puxou para si a condução desse processo e queria mais uma demonstração do PT de que a aliança com o PDT não correria risco. A resposta ao apelo chegou no último sábado com a aprovação de uma resolução que o indica pré-candidato ao Senado e a manutenção do acordo com o PDT para as eleições de 2022. Poucos dias antes do documento aprovado por 70% dos convencionais do PT, Camilo cumpriu um importante papel na corrida das eleições de 2 de outubro: ele articulou a ida de 12 prefeitos para os quadros do Partido dos Trabalhadores e tirou do PSD o discurso de que, com o maior número de Prefeituras, reivindicava o direito de indicar o nome para vice na chapa encabeçada pelo PDT. GRITO DO PSD PELA VICE O presidente da Executiva Regional do PSD, ex-vice-governador Domingos Filho, entrou nas eleições de 2020 com uma missão: eleger o segundo maior número de prefeitos para, em 2022, sentar à mesa e, pelo tamanho do seu partido, brigar pela vice na chapa do PDT ao Governo do Estado. Domingos cumpriu bem a missão e, entre 2020 e 2022, construiu uma base partidária com 26 prefeitos. Os números o fizeram embalar as conversas e, especialmente, a ênfase traduzida aos interlocutores de que, com essa quantidade de prefeitos, não ficaria fora da chapa ao Poder Executivo. Para Domingos, a etapa dessa guerra estava ganha e não tinha como a sua estratégia ser frustrada. A matemática do ex-vice-governador falhou e, no quadro atual, o PT, com 29 prefeitos, passou o PSD, que perdeu o discurso para reivindicar a vaga de vaga. O PSD perdeu o discurso, mas Domingos, que está mergulhado, não entregou os pontos. A mexida no quadro de prefeitos fortaleceu o Governador Camilo Santana no PT e na relação com o PDT.

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Camilo dá nó nos descontentes do PT e deixa mais uma vez recado de lealdade aos irmãos Cid e Ciro BLOG DO CARLOS DEHON Rating: 5 segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

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