Mobilizados por reajuste, funcionários públicos vão intensificar pressão ao governo

(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

A ameaça de um shutdown da máquina pública está cada vez mais forte. Sem resposta do governo aos pedidos de abertura de negociações sobre reajuste salarial, entidades representativas da elite do funcionalismo público e do chamado carreirão pretendem avançar nas mobilizações na semana que vem.

Na segunda e na terça-feira, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) fará reuniões para fechar o cronograma paralisações dos próximos dias 18, 25 e 26 e também para a possível greve geral agendada para fevereiro.

O presidente da entidade, Sérgio Ronaldo da Silva, tem dedicado a maior parte do tempo à mobilização dos cerca de 1 milhão de servidores representados pela entidade.

Segundo afirmou o sindicalista, em entrevista ao Correio, é "uma falta de respeito com o conjunto do funcionalismo" a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder reajuste apenas para os agentes federais de segurança, enquanto 80% dos servidores estão com os salários congelados desde janeiro de 2017. Silva alerta que "essa indignação vai se transformar em ação com esse movimento paredista", em razão da falta de diálogo com o Executivo e das "malditas políticas" adotadas contra o funcionalismo.

Até agora, Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto, mas o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou, ontem, que a solução para a greve é "não dar nada a ninguém" — referindo-se ao aumento para os policiais. A afirmação foi feita ao jornal Folha de S. Paulo. Tanto Barros quanto o Ministério da Economia foram procurados pela reportagem, mas não retornaram até o fechamento desta edição.

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