Veja o que se sabe sobre o desabamento de rocha em Capitólio (MG)

“O inquérito aberto para apurar as circunstâncias do acidente/fato ocorrido analisará os aspectos sobre a segurança da navegação, a habilitação dos condutores envolvidos, o ordenamento aquaviário do local e a observância das normas e legislações emanadas pela Autoridade Marítima”, diz a Marinha. Por meio de nota, a empresa Furnas Centrais Elétricas declarou que “lamenta o ocorrido e se solidariza com as vítimas do acidente, familiares e amigos”. A companhia disse ainda que “está dando apoio às autoridades locais nas ações de socorro aos atingidos”. “A empresa esclarece que utiliza o lago para a geração de energia elétrica e que não é a responsável pela gestão dos usos múltiplos do reservatório, como atividades de turismo e lazer”, finalizou. Joana Sanches, professora de geologia da Universidade Federal de Goiás (UFGO) e doutora em mapeamento geológico, explica que o local do acidente fica em uma área de risco e o turismo deveria ter sido suspenso na região. “A área deveria ter sido fechada para o turismo até que se fizesse uma intervenção de técnicos capacitados, além de uma análise mais precisa dos riscos no local. Já havia uma fratura prévia na rocha que se desprendeu. Essa fratura ia desde o topo até a base e são preenchidas pelo solo [terra]. Com a intensidade das chuvas, esse solo que fica entre as fraturas foi lavado e levado embora. Além disso, a água ajudou a fazer mais peso dentro da fratura. Como já estava previamente deslocado do paredão rochoso, com a intensidade dessas chuvas, o pedaço se deslocou por completo”, detalhou. A pesquisadora explicou que uma das intervenções primordiais seria a derrubada prévia do pedaço de rocha com a realização de um trabalho geotécnica para essa análise. “É preciso debater tais medidas dentro da lei em vigor, o que pode ou não pode se fazer na prática”, complementou. O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério do Desenvolvimento Regional, coronel Alexandre Lucas, disse que o mapeamento e monitoramento de riscos é uma responsabilidade das prefeituras. “A Defesa Civil Nacional tem emitido alertas diários sobre essas chuvas. Essas chuvas devem provocar riscos até terça ou quarta-feira. Todas as defesas civis municipais devem procurar monitorar seus riscos e adotar medidas de prevenção”, afirmou o coronel. Em entrevista à CNN, o prefeito de Capitólio, Cristiano Silva (PP), disse, neste domingo (9), que “querer apontar um culpado agora é injustiça”, e tratou o episódio como uma fatalidade inédita para a região. (*) CNN > BRASIL

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Veja o que se sabe sobre o desabamento de rocha em Capitólio (MG) BLOG DO CARLOS DEHON Rating: 5 domingo, 9 de janeiro de 2022

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