A chegada dos principais réus da trama golpista ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, 9, foi marcada por cenas que evidenciam as tensões e os simbolismos entre os ex-integrantes do governo Bolsonaro. Enquanto o tenente-coronel Mauro Cid bateu continência ao ex-presidente Jair Bolsonaro no momento em que o viu, o capitão reformado se esquivou do encontro, trancando-se no banheiro da Corte por alguns minutos.
O gesto de Cid, delator e colaborador da Justiça, foi interpretado como ceno à autoridade militar e, ao mesmo tempo, tentativa de reafirmar laços com seu antigo chefe. A continência, feita na antessala onde os réus aguardavam, foi espontânea — não houve resposta de Bolsonaro, que, segundo fontes presentes, demonstrou incômodo com a presença de seu ex-ajudante de ordens.
Na sequência, ao perceber a aproximação de Cid, Bolsonaro dirigiu-se rapidamente ao banheiro do STF e se trancou em uma das cabines. Servidores e advogados presentes no local comentaram nos corredores o mal-estar visível entre os envolvidos. Bolsonaro permaneceu cerca de cinco minutos recluso, e só retornou à antessala quando Cid já havia sido conduzido à sala de depoimentos. Lá, antes de a sessão ter início, Bolsonaro e Cid se cumprimentaram.
#ParaTodosVerem: Título - Mauro Cid bate continência e Bolsonaro se tranca no banheiro do STF antes de depoimentos sobre golpe. A imagem mostra dois homens, Mauro Cid e Jair Bolsonaro, de terno escuro e gravata, em ambiente institucional com cadeiras vermelhas ao fundo. Eles apertam as mãos cordialmente.
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