A mãe de uma das vítimas da Chacina do Curió, Maria Suderli Pereira de Lima, afirmou que a sensação neste 5º Júri será diferente, pois os parentes estarão diante de um mentor da matança e executores direto das mortes. Ela se refere aos dois réus e policiais militares Marcílio Costa de Andrade e Luciano Breno Freitas Martiniano.
Apesar disso, Suderli destaca que os PMs terão o que o filho dela, Jardel Pereira de Lima, e as demais vítimas não tiveram, o direito à defesa.
"Na verdade, para a gente é uma sensação diferente, porque pela primeira vez nós vamos ver os executores, pelo menos é o que a gente acha que ele seja o executor, o mentor de tudo isso. Se ele hoje está sentado no banco dos réus, é porque ele está tendo direito de defesa. Se essas pessoas tivessem dado esse direito de defesa aos nossos filhos, eles não estariam lá (no banco dos réus) e nossos filhos estariam vivos, e nós não estaríamos aqui passando por tudo isso", ressaltou.
Para o Movimento Mães do Curió, a expectativa para o 5º Júri é sempre positiva no que diz respeito ao objetivo dos familiares, que é obter Justiça. "A nossa busca por Justiça não é a busca por vingança, é busca para que essas pessoas sejam responsabilizadas pelo que eles fizeram naquela noite. Essa busca, infelizmente, vai ser infinita pra gente, porque nós perdemos nossos filhos, marido, nossas famílias. São 18 famílias. Não é coisa de duas, três, mesmo que fosse, imagine 18".
Apesar das provas técnicas e testemunhas, as defesas alegam inocência dos réus. "Marcílio é injustiçado até hoje e provará à sociedade de Fortaleza que ele é inocente. Marcílio é vítima de uma perseguição implacável", disse o advogado Paulo Pimentel, que representa o réu Marcílio.
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