Ceará assina contrato para compra direta da vacina russa Sputnik V


O Ceará assinou contrato que permite a compra direta da vacina russa Sputnik V, imunizante contra a Covid-19, nesta sexta-feira (19). O anúncio foi feito pelo governador Camilo Santana, durante transmissão nas redes sociais em que informou sobre a prorrogação do decreto que impõe lockdown em todo o Ceará até o dia 28 de março.
A medida, segundo o governador, será um importante passo para dar celeridade ao Plano Nacional de Imunização.

"Está é uma vacina com uma das maiores eficácias dentre as que são apresentadas no mundo inteiro. Está sendo regulamentada pela Anvisa. Portanto, em breve, vamos ter mais uma vacina no Ceará, no Plano Nacional de Imunização, para que a gente possa acelerar e dar velocidade nessa vacinação aqui no nosso Estado", disse Camilo.

A previsão do Estado é adquirir 5,87 milhões de doses do imunizante. A negociação faz parte do acordo feito pelo Consórcio Nordeste, grupo formado pelos nove estados da região, que fechou, no último dia 12, compra de 37 milhões de doses da Sputnik V, que é feita pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.
Eficácia de 91%

No dia 2 de fevereiro, o Instituto Gamaleya de Pesquisa da Rússia, localizado em Moscou, divulgou os resultados preliminares da Sputnik V. Os dados foram publicados no periódico científico The Lancet e impressionam pela taxa de eficácia da vacina, de 91,6%.

No artigo divulgado consta que o imunizante mostrou bom perfil de segurança e induziu "fortes respostas imunes humorais e celulares" em participantes nos ensaios clínicos de fase 1 e 2. Por sua vez, a análise do estudo de fase 3 continua em andamento para avaliar a proteção ou possíveis efeitos colaterais a longo prazo. No total, 20 mil voluntários estão envolvidos nesse processo.

Exigências da Anvisa

A vacina russa ainda não tem autorização de uso no Brasil. Também nesta sexta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um informe com esclarecimentos sobre o pedido de uso emergencial do imunizante, já que, até o momento, não recebeu nenhum documento complementar solicitado para que essa análise fosse feita.

O protocolo do pedido de Autorização de Uso Emergencial da vacina Sputnik V foi feito pela empresa União Química no dia 15 de janeiro deste ano.

No dia seguinte, a Anvisa enviou à empresa as exigências sobre o processo, e reiterou essa necessidade na quinta-feira (18).

A União Química tem até o próximo 16 de maio para apresentar a documentação complementar, data em que termina o prazo de 120 dias para cumprimento de exigências, conforme determina a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 204/2005, alterada pela RDC 23/2015.

Fonte: Diário do Nordeste





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