O potencial imunizante é resultado de uma pesquisa financiada pelo ministério e coordenada pelo pesquisador Célio Lopes Silva, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), em parceria com a empresa brasileira Farmacore e a PDS Biotechnology. Em nota, Anvisa confirmou que recebeu o pedido de autorização de testes com a Versamune-CoV-2FC.
O anúncio foi feito horas depois de o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar, na manhã desta sexta-feira, uma vacina desenvolvida inteiramente no Brasil pelo Instituto Butantan.
"Os resultados dos estudos não-clínicos [toxicidade e imunogenicidade] obtidos até o momento demonstram qualidade e competitividade para ser um sucesso nacional e global no controle da Covid-19", diz. "A vacina demonstrou capacidade de ativar todo o sistema imunológico – imunidade humoral, celular e inata, induzir memória imunológica e proteção de longo prazo".
No início do mês, em entrevista coletiva, o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, citou a Versamune como uma das iniciativas brasileiras promissoras apoiadas pela agência.
Vários locais de pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos e no Brasil serão usados para progredir no desenvolvimento clínico da vacina, segundo as empresas parceiras do desenvolvimento. "A Farmacore liderará os esforços regulatórios e de ensaios clínicos no Brasil, enquanto a PDS Biotech continuará a contribuir com conhecimento científico e suporte operacional", disse a nota.
A vacina tem como estratégia uma proteína recombinante do novo coronavírus, baseada numa plataforma desenvolvida pela PDS chamada de Versamune, que ativa células-T, que têm função imunológica. Em junho de 2020, já havia a possibilidade dessa vacina ser testada no país. O financiamento do MCTI ainda era estudado naquela época.
De acordo com o Ministério da Saúde, há 17 estudos pré-clínicos de vacinas contra Covid-19 em andamento no país.
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