Com requerimentos de senadores cearenses, CPI marca três oitivas para esta semana; nenhum dos depoentes possui habeas corpus

 23/08/2021 > SEGUNDA-FEIRA

Acerca de vacinas, serão ouvidos Emanuel Catori, da Belcher, e Roberto Pereira Ramos Júnior, presidente do FIB Bank. Ex-secretário de Saúde do DF, no entanto, aguarda julgamento sobre habeas corpus. Este, se não concedido, mantém depoimento do ex-gestor para esta quinta.


AGENDA: CPI DA PANDEMIA
Parte da semana de trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid (CPI da Covid) vai ser dedicada à continuidade de investigação sobre supostos contratos superfaturados iniciados entre o Ministério da Saúde e empresas atuantes na aquisição de imunizantes contra a doença.

Na quinta-feira, 26, a comissão deve ouvir ex-secretário de Saúde do Distrito Federal (DF) sobre aquisição de testes do novo coronavírus. Nesta terça-feira, 24, Emanuel Catori, sócio da farmacêutica Belcher, será ouvido acerca das negociações da chinesa Convidecia, do laboratório Cansino.

A Belcher era intermediária das tratativas. O depoente, conforme o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) – autor do requerimento que solicitou a oitiva, participou, na pandemia, de transmissões on-line com Luciano Hang e Carlos Wizard, ambos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e defensores do tratamento precoce.

Pela comissão, é esperado que na quarta-feira, 25, Roberto Pereira Ramos Júnior, presidente do FIB Bank – ligada à Precisa Medicamentos, explique caso envolvendo uma carta de fiança irregular, que, conforme as investigações, teria sido feita pela FIB Bank. O requerente do depoimento é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Aguardando habeas corpus
Ainda no limbo, está marcado para quinta o depoimento de Francisco de Araújo Filho, ex-secretário de Saúde do governo do DF. O requerimento que o convoca é do senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Araújo Filho, no entanto, aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre habeas corpus pedido por sua defesa para não comparecer à sessão. A sua ida já foi marcada em outras circunstâncias.

O ex-gestor está sendo investigado pela Operação Falso Negativo, que apura esquema de corrupção montado na Secretaria de Saúde do DF envolvendo a compra de testes rápidos para detectar o novo coronavírus. A ação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Araújo Filho foi denunciado por organização criminosa, inobservância das formalidades de dispensa de licitação, fraude à licitação, fraude na entrega de uma mercadoria por outra e peculato.

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