Estratégia eleitoreira do relator da CPI, que vazou trechos do relatório final para ganhar mais espaço na imprensa, mina a credibilidade da investigação.
O ANTAGONISTA |
Renan Calheiros (foto) descumpriu a promessa de submeter primeiro aos colegas de CPI o conteúdo do relatório final da investigação. Ao vazar, no fim de semana, trechos para a imprensa, o relator da CPI da Covid deflagrou uma briga interna, que levou ao adiamento da leitura do documento.
A discussão começou no WhatsApp dos senadores da comissão, segundo o Globo. O presidente da CPI, Omar Aziz, foi o mais indignado ao constatar o vazamento.
“Acusando Renan de não cumprir o que promete, Aziz disse que não votaria o relatório sem discussão prévia. O documento tem mais de mil páginas e será discutido numa reunião do G7 nesta segunda-feira (18) à noite.”
Segundo o jornal, parte dos senadores acham que Calheiros “quer capitalizar politicamente o último momento de exposição na CPI da Covid incluindo crimes que não se sustentam”. “Temem, inclusive, que alguns trechos sirvam de desculpa para que o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, arquive o relatório, alegando falta de substância.”
Eles querem que o relator reveja a tipificação dos crimes de Jair Bolsonaro, inclusive a acusação por genocídio indígena, além do indiciamento de Flávio Bolsonaro por advocacia administrativa.
(*) O ANTAGONISTA
www.carlosdehon.com
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