"Dói no coração ver um homem de bem, um homem correto, entrar num partido onde metade é PP e onde o outro fez parte de escândalo, ou fez parte da organização criminosa do mensalão"
A presidente em exercício do PTB, Graciela Nienov, afirmou, nesta quinta-feira (28/10), ao Correio, que a sigla se sente abandonada pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem acenado querer se filiar ao PP ou ao PL. A declaração ocorreu após Roberto Jefferson ter escrito uma carta diretamente da prisão de Bangu, afirmando que o chefe do Executivo e o filho o senador, Flávio Bolsonaro (Patriota), se "viciaram em dinheiro público" em aceno à aliança com partidos de centro. Nienov disse que o documento tratava de um "desabafo" do presidente licenciado do partido. Apesar disso, negou que a sigla tenha rompido com Bolsonaro.
"Ficamos um pouco tristes pela posição do Bolsonaro, mas em momento algum alguém falou em rompimento. Na reunião, a gente saiu firme em apoio ao Bolsonaro. Ontem fomos pegos de surpresa por uma carta interna do partido que vazou. É bom a gente deixar isso claro, que a carta era para o diretório, especificamente. Foi um desabafo", alegou.
"O desabafo foi sobre sabermos que Bolsonaro é um homem de bem. Nós estamos juntos com Bolsonaro sem cargo, sem nenhum ministério, nem nada. Estamos juntos porque acreditamos que nosso presidente não rouba e não deixa roubar", acrescentou.
"Organizamos um partido alinhado a ele de norte a sul. De direita, onde organizamos toda a casa. O presidente não pode ir para o PP. Metade do PP é de esquerda, o Nordeste todo está fechado com o PP. O PL, o presidente foi um dos envolvidos no mensalão. Como que um homem de bem vai para um partido desse sendo que o PTB se organizou", questionou, dizendo ser esta a linha de pensamento de "Bob", como é conhecido.
(*) CB
www.carlosdehon.com
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