Reforma trabalhista – Nada para comemorar



Com o título “Reforma trabalhista; avalia~~ao em 2019”, eis artigo de Gérson Marques, procurador regional do Trabalho. Para ele, não há nada o que comemorar pós-implantação de mudança nessa área o País. Confira:
Pela primeira vez no Brasil, no Dia do Trabalhador o presidente da República não dirigiu uma palavra sequer aos operários do País. Seu discurso foi destinado às empresas. Fez um autoelogio à MP da Liberdade Econômica, como se o dia do empresário fosse. Discurso, aliás, que não convence os pequenos empresários, encurralados pela burocracia do Estado e pelas taxas que o Poder Público só multiplica.
De fato, há nada a comemorar. Apesar da Reforma Trabalhista de 2017 e dos discursos que a circundaram, desemprego continua crescente. Não houve geração de postos de trabalho, que segue minguante e precarizado. A terceirização campeia, aumentou o desequilíbrio entre empregados e empregadores, os sindicatos enfraqueceram, as dificuldades da negociação coletiva estão nos píncaros. Empresas continuam quebrando.
A Reforma flexibilizou a legislação do trabalho, mas sem cumprir os propósitos econômicos que propagandeou, como, aliás, os trabalhistas prenunciavam. Por enquanto, só serviu para criar maior dependência do empregado ao empregador. E vem aí a chamada Carteira Verde e Amarela para prevalecer a livre pactuação entre contratante e contratado, um resgate do que se vivenciou no século XIX, que nem as relações civis admitem mais, ante as tantas cláusulas leoninas…
O Povo

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Reforma trabalhista – Nada para comemorar BLOG DO CARLOS DEHON Rating: 5 segunda-feira, 24 de junho de 2019

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