Sarto tem resultados melhores do que municípios do interior no combate ao Covid 19

José Sarto
Prefeito de Fortaleza
O prefeito de Fortaleza, José Sarto, completa na próxima segunda-feira, 1°, dois meses de mandato. Pouco tempo à frente da Prefeitura, mas a velocidade imposta por ele à gestão aparenta muito mais, por conta do número de medidas adotadas.

Além de tocar os problemas diários, Sarto priorizou a pauta que é preocupação número um no Planeta: o combate ao Covid 19. Não tem sido fácil.

Prefeito da quinta maior capital do país, responsável por quase três milhões de cearenses, o prefeito conseguiu controlar a força do coronavírus, mas não vencê-lo totalmente na periferia de Fortaleza. O maior problema são os bairros de classes média e alta. Por exemplo, não se justifica o bairro do Meireles, onde moram os milionários e pessoas de maior nível de escolaridade, ser o campeão de casos de contaminação e mortes. Em outra ponta, a comunidade de Messejana, com quase o mesmo número de habitantes, ter metade dos casos da grande Aldeota.

As autoridades de saúde colocam, a todo momento, a necessidade do uso de máscaras, do álcool em gel e de evitar aglomerações. Implora para idosos ficarem em casa. A voz das autoridades é muito mais compreendida na periferia. Uma lição para os milionários e a elite do serviço público, que deveria dar exemplo.

As ações de José Sarto no endurecimento das medidas restritivas provocam ira em pequenos grupos de cidadãos, que não se conformam em ir para casa mais cedo, sem a necessidade de usufruir das aglomerações de bares e restaurantes. Aliás, o que custaria aos empresários da gastronomia o apoio integral, por 30 dias, às medidas na capital cearense? Nada. Facilitaria em muito o combate ao coronavírus. Chega a ser ridículo donos de grandes restaurantes colocarem, como escudos, funcionários a protestar e faixas falando em morte do setor. Todos os restaurantes ficam lotados entre a hora do almoço e as 20 horas. O lucro não é exorbitante, mas certamente o bastante para pagar a conta de manter o funcionamento, remunerando trabalhadores e, ainda, mantendo gorda a conta bancária. São a insensatez e a insatisfação baratas. É muita falta de bom senso.

Na Aldeota, os clientes se negam a usar máscaras nos bares e restaurantes chiques. Os donos, maîtres e garçons pedem, imploram, com medo de multas, mas o cliente não atende, insiste em ficar sem máscara. A prática diária serve de lição aos empresários, mas eles não querem reconhecer.

Donos de botecos na periferia dão aula de comprometimento e comportamento em relação às restrições. Estão trazendo seus clientes para o horário determinado pelo decreto do governo e não se queixam com a mesma intensidade. Os pobres levam sua bebidinha pra casa. Resultado: a periferia tem menos casos de Covid 19. De parabéns , o bom senso dos mais pobres, das pessoas com menor escolaridade.

Na queda de braço entre os que sentem a doença muito perto, os que perderam amigos e parentes para o coronavírus e os que não acreditam na presença da grande carga viral, fica a esperança e o desejo de saúde para a turma do contra e vida longa aos que colaboram. O prefeito Sarto, que foi contaminado e teve de ser internado, conhece bem os estragos provocados pelo coronavírus no organismo. A cidade fez bem, ao eleger um médico e uma pessoa sensível aos seus problemas.

A nossa esperança é a vacina, que chega aos poucos. A pressão ao governo federal está aumentando. Teremos vacina.
(*) Roberto Moreira

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