Senadores de oito partidos defendem CPI para investigar Bolsonaro por postura durante a pandemia e falam em impeachment

Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Senadores de oito partidos, inclusive da base aliada, defenderam a necessidade criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar e responsabilizar a atuação do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia. A informação é do jornalista Guilherme Amado, da Revista Época.

O jornalista teve acesso a mensagens trocadas neste sábado (dia 27) em um grupo de WhatsApp que reúne os 81 senadores. Nos diálogos, conclamados por Tasso Jereissati (PSDB-CE), senadores de PSD, MDB, Cidadania, Rede, PROS, Podemos e Republicanos concordaram com a necessidade de responsabilizar Bolsonaro.

“O presidente Bolsonaro esteve no Ceará, sexta-feira, quando cometeu pelo menos dois crimes contra a saúde pública, ao promover aglomerações sem proteção e ao convocar a população a não ficar em casa, desafiando a orientação do governo do estado e ainda ameaçando o governo de não receber o auxílio emergencial. Desta maneira,

a instalação da CPI no Senado tornou-se inadiável. Não podemos ficar omissos diante dessas irresponsabilidades que colocam em risco a vida de todos brasileiros”, escreveu Tasso Jereissati, às 14h27 de sábado.

Depois dessa mensagem, as manifestações de apoio se seguiram no grupo. “Toda razão amigo Tasso, o PR (Bolsonaro) afronta os governadores que estão na ponta cuidando da saúde nos estados, cabe ao Senado, a Casa da federação, contestar essa ação equivocada do PR JB, que leva a quebra de protocolos e leva à expansão da doença no país”, escreveu Otto Alencar (BA), do governista PSD.

“Dói na alma estas coisas. Ainda bem que temos governadores e prefeitos que cumprem seus deveres”, criticou Confúcio Moura, do MDB de Roraima.

“Concordo 100%”, escreveu Alessandro Vieira, do Cidadania do Sergipe.

“Concordo, Tasso”, respondeu a senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte.

“Registrei imediatamente as inconsequentes posturas presidenciais, com o respeito cabível e exigível, ao fazer carreata no dia que se verificara o maior número de óbitos de nacionais”, concordou Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba.

“Esse negacionismo já passou do limite. O Brasil já ultrapassou os 250 mil mortos e vamos ter lamentavelmente próximos dias muito graves em mortes e colapso da rede pública em vários estados”, criticou Eduardo Braga, do MDB do Amazonas.

“Bolsonaro tem tido um comportamento totalmente errado em relação a como cuidar dos brasileiros no que diz respeito à pandemia. Desde o início, tudo errado. Não é razoável que depois de tudo o que aconteceu no mundo ele continue nagacionista”, escreveu Oriovisto Guimarães, senador pelo Podemos do Paraná.

“Um depoimento que contrapõe a insensatez e dureza de coração de muitos”, comentou Mecias de Jesus, líder do Republicanos.

“Concordo com Tasso Jereissati. Agora mais do que nunca sobejam razões para instalar a CPI”, escreveu Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá.

“Uma grande verdade, Tasso! Está na hora”, concordou Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão.

“Concordo plenamente. Não há outro caminho”, acompanhou Humberto Costa, do PT de Pernambuco.

“Concordo 100% (II). Aqui em Natal, há ‘discípulos’ até hoje: o prefeito (Álvaro Costa Dias)”, escreveu Jean Paul Prates, do MDB-RN. (Com Revista Época)

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