Reprodução: iG Minas Gerais Conforme a ONG, até mesmo os beneficiários que estão com o cadastro atualizado não receberam o valor a que tinham direito |
O novo calendário de pagamento do Auxílio Brasil vai começar na próxima semana, no dia 10 e vai até 23 de dezembro, e o Ministério da Cidadania garante que 2,5 milhões de brasileiros que estavam na fila esperando pelo Bolsa Família serão incluídos nessa leva, totalizando 17 milhões de famílias beneficiadas com o programa substituto de transferência de renda. Esses novos inscritos que vão entrar na lista desse mês, no entanto, não vão receber ainda os R$ 400 prometidos pelo governo Bolsonaro.
Apesar de prometer esse valor de auxílio, o governo não apresentou fonte de custeio e estava dependendo da aprovação da PEC dos Precatórios para ter recursos que banquem o programa. A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e aprovada em plenário por 61 votos a favor e 10 contrários. Agora ela volta para a Câmara onde passará por votação em dois turnos.
Com menos de um mês de vigência, o Auxílio Brasil continua primando pela desinformação e, pior, por redução de benefícios. O que o Ministério da Cidadania nega. Conforme o Extra mostrou no dia 30, em alguns casos, os beneficiários dizem que o valor recebido agora foi menor do que o montante original do Bolsa Família. Os relatos foram feitos nas redes sociais. De acordo com a pasta da Cidadania, na ocasião do lançamento do programa, o benefício médio pago às famílias passou de R$ 186,68, em outubro, para R$ 224,41, em novembro.
Outro ponto que o Extra denunciou e que já está se confirmando é a exclusão de pessoas. Segundo a Rede Brasileira de Renda Básica, que desde o início do auxílio emergencial vem acompanhando casos de famílias que mesmo tendo direito não conseguiram receber, "o Auxílio Brasil repete erros do auxílio emergencial e deixa beneficiários sem receber".
Conforme a ONG, até mesmo os beneficiários que estão com o cadastro atualizado não receberam o valor a que tinham direito.
"Embora o cadastro estivesse certinho, o dinheiro não entrou na conta", denuncia Paola Carvalho, diretora de Relações Institucionais da RBRB, que acrescenta que os pedidos de ajuda se multiplicaram nas mídias sociais da entidade.
"A maioria das pessoas que procurou a Rede Brasileira já fazia parte do Bolsa Família e deveria migrar automaticamente, segundo informações do Ministério da Cidadania. No entanto, não foi o que aconteceu", lamenta Paola.
(*) iG
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