Casos de crianças com covid-19 têm alta de 55% no DF

Em Brasília


As infecções por covid-19 em crianças até 10 anos no Distrito Federal aumentaram 55,15% em um ano. Entre 1º de março e 27 de dezembro do ano passado, foram registrados 6.588 casos, contra 10.221 no mesmo período, em 2021. O número de óbitos pelo novo coronavírus também cresceu: saltou de três para cinco casos, uma alta de 66,67%. Os dados são públicos e estão disponíveis no Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde.

O Governo do Distrito Federal (GDF) só vai começar a vacinar esse grupo de brasilienses quando o Ministério da Saúde divulgar a nota técnica do Plano Nacional de Imunização. Passados 13 dias da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governo federal pretende começar a imunizar as crianças em janeiro, após o fim da consulta pública para vacinação desse público-alvo.

Enquanto isso, pais vivem a aflição de ver os filhos entrarem para as estatísticas de doentes ou mortos pela doença. Fausta Prates, 41 anos, dona de casa, moradora da Candangolândia e mãe de quatro filhos, conta que o Sars-CoV-2 afetou de forma diferente cada uma das crianças. O temor vivenciado por Fausta aumentou devido aos sintomas da mãe, de 83 anos, que também se contaminou e mora com eles. "Minha mãe tinha acabado de receber a 1ª dose da vacina. Foi graças a isso que teve os sintomas mais leves. Eu e meu marido ficamos bem ruins; eu fui parar no hospital três vezes, com dificuldade para respirar e muito mal-estar", relata.

A respeito dos sintomas nos filhos, ela detalha: "Mariana e Daniel são gêmeos de seis anos. Ela teve um leve mal estar, ficou meio febril, mas no outro dia já acordou bem melhor. Já ele nem chegou a ter sintomas. Os outros dois mais velhos, Maria Isabel, 13, e João, 10, foram os que mais sofreram com a covid-19. Eles tiveram muita dor de cabeça, moleza no corpo, febre e mal-estar. Ficaram com sintomas por cerca de três dias".

Fausta conta que durante o período de sintomas ficou monitorando a oxigenação das crianças, para verificar se haveria necessidade deles irem para o hospital. "Mesmo agora, continuamos saindo pouco, evitamos shopping, restaurantes e lugares muito movimentados. Mas está melhor do que antes, e minha filha de 13 anos já está vacinada. Com a volta às aulas presenciais, também compramos várias máscaras descartáveis e álcool em gel para todo mundo, além de um pano para eles limparem a mesa na escola e os materiais", conta. A dona de casa confessa que pretende vacinar os filhos. "Estou apenas aguardando a campanha de imunização começar para a faixa etária deles. Até porque não seria liberado a vacina para as crianças se não houvesse um estudo sério sobre isso", opina.

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