Sede excessiva, dores nas pernas e alterações visuais podem ser sinais de diabetes, alerta endocrinologista



Os dados da Federação Internacional de Diabetes apontam que o número de pessoas que sofrem com a diabetes aumentou em 74 milhões nos últimos 2 anos, totalizando 537 milhões de adultos em 2021. No Brasil, os números chegam a cerca de 7% da população, atingindo 16,8 milhões de pessoas.
A equipe de reportagem do Site Miséria entrevistou a endocrinologista da Hapvida, Fernanda Máximo, na ocasião, a médica explicou que “a diabetes é uma doença crônica que se caracteriza por aumento de açúcar no sangue por decorrência a um defeito na secreção ou ação do hormônio insulina que é produzido pelas células beta do pâncreas”, afirma.

De acordo com Fernanda Máximo, existem diversas condições que podem levar a diabetes, “porém as causas mais frequente são tipo 1 e tipo 2, a tipo 1 ocorre por destruição das células beta do pâncreas por um processo imunológico que leva a deficiência de insulina”, já o tipo 2 é responsável por cerca de 90% dos casos, a insulina é normalmente produzida pelo pâncreas, “porém sua ação é dificultada e caracteriza um quadro de resistência insulínica, quadro lento e insidioso”, ressalta.

Assim como outras doenças, os fatores de risco estão relacionados à obesidade, sedentarismo, e também com a má alimentação, afirma a médica. Fernanda Máximo ressalta que a prevenção da doença está relacionada à mudança de estilo de vida, onde se prioriza uma alimentação saudável associada com práticas de atividades físicas e acompanhamento periódico a cada 6 meses, “é importante esse acompanhamento para evitar progressão da doença ou realizar um diagnóstico precoce a fim de evitar complicações futuras”, conclui.

COMO IDENTIFICAR

“Alguns pacientes não apresentam sintomas no início, porém podem apresentar sede excessiva, dores nas pernas, urina em excesso e alterações visuais”, afirma a endocrinologista.

De acordo com a médica, a base do tratamento consiste na mudança de estilo de vida, e em alguns casos com o uso da medicação para evitar a progressão da doença. “O tratamento com hipoglicemiantes orais associado ou não à insulina, vai depender do valor glicêmico e da hemoglobina glicada”. A endocrinologista ressalta ainda, que o acompanhamento médico é importante para individualizar e buscar a melhor forma de adesão do paciente ao tratamento.

Dados do Atlas da Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes, apontam que no Brasil, apenas em 2021, foram registradas mais de 214 mil mortes de pessoas entre 20 e 79 anos, em decorrência da doença.

(*) Federação Internacional de Diabetes


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