A equipe econômica do governo apresentou, nesta quarta-feira, ao novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma lista de 25 pautas prioritárias para o biênio 2025-2026. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi conversar com o deputado para reforçar a intenção do Planalto de avançar nas propostas que, se aprovadas, podem ajudar a melhorar a popularidade do governo com vistas às eleições do ano que vem.
O documento é dividido em três frentes: estabilidade macroeconômica (política fiscal e justiça tributária), melhoria do ambiente de negócios, e Novo Brasil: Plano de Transformação Ecológica. Uma das prioridades do governo é discutir e aprovar a reforma tributária sobre a renda. O Executivo quer deixar o sistema mais progressivo — ou seja, quem ganha mais, paga mais, e quem ganha menos, paga menos.
Com essa reforma, também viria a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida foi anunciada ainda em 2024 como parte do pacote fiscal apresentado por Haddad ao Congresso, mas não avançou durante a tramitação acelerada do projeto no último mês de dezembro. O texto ainda não foi enviado ao Congresso.
A jornalistas, Haddad disse, no entanto, que o governo já concluiu o "desenho" da medida que prevê a compensação na arrecadação para cobrir a isenção do IR a quem recebe até R$ 5 mil por mês. "Nenhuma renúncia fiscal no Brasil pode ser feita sem compensação", enfatizou.
Segundo o ministro, "o presidente (Lula) vai anunciar (a compensação) quando achar conveniente". "Nós terminamos o desenho. Eu só não vou adiantar (a data) porque não tenho autorização do Planalto ainda para isso. Agora, começa uma tramitação formal, e isso vai acabar vindo nas próximas semanas", acrescentou.
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