

Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que dos mais de 22,5 mil contratos pagos com recursos da União, 8.674 foram interrompidos. As obras suspensas somam R$ 27,2 bilhões.
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O total cuja finalidade desviada representa cerca de 1% do valor gasto pelo Ministério da Defesa com a covid-19 |
A Marinha é a que mais tem gastos sob análise do TCU: R$ 7,2 milhões. Em seguida vem o Exército (5,6 milhões) e a Aeronáutica (R$ 685,6 mil). Há ainda R$ 300 mil que foram usados pelo Hospital das Forças Armadas.
O relatório foi obtido pelo O Globo. De acordo com o jornal, o processo está sob a relatoria do ministro do TCU Augusto Scherman Cavalcanti e ainda não foi apreciado pelo colegiado do tribunal.
O total cuja finalidade desviada representa cerca de 1% do valor gasto pelo Ministério da Defesa com a covid-19. A pasta teve no ano anterior R$ 435 milhões em despesas atribuídas ao combate da doença.
“O acompanhamento avaliou cinco riscos relevantes inerentes à execução de uma ação desse porte em um prazo tão curto: desvio de finalidade; dispensa indevida de licitação; restrição à competitividade; aquisições ineficazes, que não atendem à necessidade emergencial de saúde; e aquisições em quantitativos incompatíveis com as reais necessidades”, escreveu o relator.
O Exército pagou, de acordo com o relatório, R$ 1,1 milhão em “material de manutenção de bens imóveis/instalações e manutenção e conservação de bens imóveis”.
Segundo o tribunal, parte das despesas “foi realizada em organizações militares não operacionais, que não possuem tropa, não dispondo, consequentemente, de alojamentos em condições de serem disponibilizados a pessoas estranhas à organização”.
Além da reforma de imóveis, estão entre os gastos considerados irregulares pelo TCU a compra de micro-ônibus e de objetos usados em operações.
A Marinha, por exemplo, gastou R$ 960,1 mil na aquisição de itens como coletes, mochilas, porta-celular e bandeiras. A justificativa dada foi que esses equipamentos são usados em operações de GLO (Garantia de Lei e da Ordem).
Segundo o TCU, as operações possuem orçamento específico e não foram aplicadas no combate à pandemia.
A Marinha ainda gastou R$ 780 mil na compra de dois micro-ônibus. O tribunal disse não haver relação do uso dos veículos com ações de enfrentamento da covid. Além disso, o TCU afirmou que teria sido mais econômico alugar os micro-ônibus.
A Aeronáutica desembolsou cerca de R$ 95 mil para reformar parte do almoxarifado do Laboratório Químico-Farmacêutico da instituição no Rio de Janeiro. Segundo o TCU, há comprovado desvio de finalidade na despesa.
Carlos Dehon | Noticias de Acopiara e região © 2012. Blogger Template by Danialde4
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