Ceará é 5º estado com mais obras federais paralisadas em 2022, segundo Tribunal de Contas da União Mais de 80% dos municípios cearenses são impactados por essa paralisação



O Ceará é o quinto estado brasileiro com mais obras federais paralisadas em 2022, com pelo menos 577. O número representa 39,4% dos 1.465 empreendimentos federais que estão sendo realizados atualmente no estado. O Ceará fica atrás apenas de Maranhão (905), Bahia (807), Pará (671) e Minas Gerais (657). A informação é de levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com base em bancos de dados de diferentes órgãos federais.

No total, são mais de 8,6 mil obras paralisadas em todo o País, representando 38,5% das mais de 22,5 mil obras que estão sendo realizadas atualmente. O Painel Informativo divulgado pelo TCU é atualizado a cada dois anos. O valor percentual de obras paralisadas em 2022 é maior do que em 2020 e em 2018 - apesar de, neste último, existir um número absoluto maior.

Na época, eram mais de 14,4 mil construções paradas dentre as mais de 38,4 mil que estavam sendo feitas - equivalente a 37,5%. O número, contudo, pode ser ainda maior, tanto no Ceará como no Brasil. Um dos motivos disso é a falta de padronização dos dados e dos critérios utilizados para classificar uma obra como paralisada.

Responsável pelo levantamento, o TCU ressalta que o estudo busca "conter o desperdício resultante da paralisação de obras públicas no país", ressalta em texto da plataforma "Painel Informativo".



"Sabe-se que uma obra paralisada é responsável por diversos prejuízos de difícil mensuração, tais como os custos relacionados ao desgaste e manutenção das obras, o comprometimento dos serviços já executados e o prejuízo ocasionado pela privação dos benefícios assistenciais que o empreendimento viria a gerar", acrescenta o texto.



O levantamento usa informações da Caixa, do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec), da Secretaria de Educação Superior (Sesu), da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Além disso, desde 2019, o governo federal descentralizou a forma de registro do PAC. Antes a responsabilidade por gerir e reportar essas informações era do Ministério da Economia, o que foi transferido para várias pastas. "Com a descentralização da gestão, a consolidação de dados foi prejudicada devido à falta ou atraso no envio das informações", afirma texto introdutório do Painel Informativo do TCU.

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