Covid-19 e campanha eleitoral esvaziam sessões no Legislativo a dois meses do início do recesso

As sessões da Câmara Municipal de Fortaleza, da Assembleia Legislativa, da Câmara Federal e do Senado ficam ainda mais esvaziadas com o envolvimento dos parlamentares na campanha eleitoral de 2020. Seja nas sessões virtuais ou presenciais é cada vez menor a participação dos vereadores da Capital, dos deputados estaduais, dos deputados federais e senadores em reuniões ou sessões plenárias virtuais e presenciais.
As atividades no Legislativo foram afetadas a partir do mês de março com as medidas de isolamento social no combate à pandemia do coronavírus. As reuniões das Comissões Técnicas e as sessões no Plenário das Casas Legislativas passaram a ser virtuais, foram reduzidas e, ao mesmo tempo, esvaziadas, perdendo força e o calor dos debates que sempre marcam o conflito de ideais dentro de um Parlamento. É, assim, na Câmara Municipal de Fortaleza, na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional.
SEM PREJUÍZO
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Antonio Henrique (PDT), reconhece que a presença dos parlamentares é menos intensa, mas considera que não há prejuízo na votação de projetos que passam pelo Plenário do Poder. O mesmo pensamento tem, também, os dirigentes da Assembleia Legislativa que mantem, às quintas-feiras, o calendário de uma sessão semanal presencial.
Dos 43 vereadores de Fortaleza, pelo menos, 36 estão na corrida pela reeleição, enquanto, entre os 46 deputados estaduais, 12 estão concorrem a prefeito. A lista de candidatos a prefeito ou a vice-prefeito é puxada pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Sarto (PDT), que disputa a Prefeitura de Fortaleza, e tem os deputados estaduais Renato Roseno (Fortaleza), Heitor Férrer (Fortaleza), Walter Cavalcante (Vice-prefeito, na Capital), Bruno Gonçalves (Aquiraz), Elmano Freitas (Caucaia), Vitor Valim (Caucaia), Júlio César Costa Filho (Maracanaú), Patrícia Aguiar (Tauá), Nelinho Freitas (Juazeiro do Norte), Marcos Sobreira (Iguatu) e Agenor Neto (Iguatu).
As eleições municipais de 2020 tem o maior número de deputados federais da história política do Ceará na corrida pelas Prefeituras. Dos 22 deputados federais, quatro – Capitão Wagner (PROS), Heitor Freire (PSL), Luizianne Lins (PT) e Célio Studart (PV) concorrem à Prefeitura de Fortaleza. O suplente à Câmara Federal, Deuzinho Filho (PROS), que está encerrando o período de licença na vaga do deputado Vaidon Oliveira (PROS), é candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo deputado estadual Vitor Valim à Prefeitura de Caucaia.
CORPO A CORPO
A campanha eleitoral tem muitas restrições e recomendações das autoridades da saúde e da Justiça Eleitoral para os candidatos evitarem eventos que atraiam muitas pessoas e se transformem em corredor de transmissão da Covid-19. As restrições não impedem, porém, os candidatos de entrarem no corpo a corpo porque sentem que os contatos virtuais e as mensagens pelas redes sociais não são suficientes para garantir o voto dos eleitores. Isso vale tanto para os candidatos a prefeito quanto a vereador.
Os vereadores, deputados estaduais e deputados federais que estão na corrida das eleições municipais tem uma agenda puxada na curta campanha que os levam a deixar em segundo plano a presença e o comparecimento às Casas Legislativas. Alguns parlamentares – como Vitor Valim e Patrícia Aguiar, por exemplo, tiraram licença das atividades parlamentares, mas a maioria tenta o impossível, que conciliar o cumprimento da agenda do mandato com o calendário de eventos e gravações da propaganda eleitoral. A campanha é curta e, até o dia 15 de novembro, a prioridade é única: conquistar os votos que garantam aos candidatos um mandato à Câmara Municipal ou o comando de uma Prefeitura.
Ceará Agora

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