Embrapa recebe da Sudene R$ 600 mil para pesquisas em caprinocultura no Ceará

A unidade especializada em caprinos e ovinos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com sede em Sobral, irá receber a visita de equipe técnica da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) nesta terça-feira (19). Na ocasião, será assinado convênio que prevê o repasse de R$ 600 mil para pesquisas que agreguem valor à chamada rota do cordeiro no Estado.
Segundo o diretor de planejamento da Sudene, Raimundo Gomes de Matos, a iniciativa está inclusa no eixo relacionado ao agronegócio do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), elaborado em 2019 pela instituição em parceria com os governos estaduais. Inicialmente, o plano seria posto em ação em 2020, mas foi afetado pela pandemia.
Ele detalha que as pesquisas irão abordar os mais diversos produtos relacionados à caprinocultura, desde o leite e seus derivados até quais cruzamentos e genética favorecem o animal em cada tipo de finalidade.
"Tudo para que nós possamos botar unidades produtivas para comercialização interna e externa. Isso a Embrapa tem expertise de desenvolver tecnologias, capacitar técnicos agrícolas, buscar parcerias com a Federação da Agricultura, com o Ministério da Agricultura, com o Bando do Nordeste, para dar apoio a esses polos serem estruturados e acessar recursos para gerar emprego e renda", afirma Matos.
Instalação de polos
Nos últimos três anos, os municípios de Jaguaretama, Banabuiú e Piquet Carneiro já foram beneficiados com cerca de R$ 800 mil para o desenvolvimento dos polos de caprinocultura através de repasses da Sudene para a Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Estado (SDA). Durante o período, foram adquiridas 700 matrizes reprodutoras de raças compatíveis com a região.
Com o desenvolvimento das pesquisas, os resultados serão aplicados de imediato nos polos já beneficiados pelo plano e em quaisquer outros municípios que demonstrarem interesse e potencial para a atividade, conforme o diretor de planejamento da Sudene. Outros estados do Nordeste, como Piauí, Paraíba e Bahia, também estão na rota do cordeiro e estão inclusas na iniciativa.
"No laticínio, por exemplo, aqui e acolá você compra queijo que vem da França, da Itália, porque eles agregam valor aos produtos. O objetivo é incrementar o valor agregado dos itens produzidos aqui através da caprinocultura", ressalta Matos.
Agricultura
Já no âmbito da agricultura, cadeias como do caju, do mel e da mandioca podem ser incentivadas por propostas apresentadas pela Embrapa Agroindústria Tropical. O diretor de planejamento revela que na quarta-feira (20), a equipe da Sudene irá visitar a unidade e avaliar as propostas, com possibilidade de parte do orçamento 2021, a ser apreciado entre fevereiro e março, ser destinada às iniciativas.
"Boa parte do consumo de amêndoas do Brasil está vindo da África, de outros países. Precisamos mudar algumas práticas para aproveitar todo o potencial que temos, como trocar cajueiros grandes por anões precoce e usar melhor os defensivos agrícolas. Na apicultura, temos mercado internacional para o nosso mel, mas precisamos de uma produção dentro das normas sanitárias, de um selo", aponta.
Fonte: Diário do Nordeste

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