O ato golpista de Jair Bolsonaro é organizado por candidatos que fracassaram nas urnas e que tentam se reciclar em 2022.
A bolha golpista de Jair Bolsonaro, formada por ruralistas, policiais, militares, caminhoneiros, monarquistas e evangélicos, aproveita a oportunidade em 7 de Setembro para fazer campanha eleitoral antecipada e ilegal.
“Na avenida Paulista, grupos de bolsonaristas planejam usar faixas e camisetas com os dizeres ‘Queremos Tarcísio governador de São Paulo’”, diz a Folha de S. Paulo.
“O planejamento de futuras candidaturas é comum entre os ativistas envolvidos nos atos bolsonaristas do Dia da Independência.
O coronel da reserva Sylvio Malheiro Júnior, da Força Aérea Brasileira, que pretende alugar um helicóptero para filmar a manifestação na avenida Paulista, deixa claro em seu site que tem como objetivo se candidatar a deputado federal em 2022.
Ao menos oito líderes dos organizadores presentes na reunião de grupos de direita com a Polícia Militar para tratar do ato do dia 7 em São Paulo já tentaram se eleger em 2018 ou 2020, mas sem sucesso”.
Deputados federais que foram eleitos em 2018, e que só existem dentro da bolha bolsonarista, como Coronel Tadeu e Carla Zambelli, também “veem no 7 de Setembro uma chance de conexão com seus eleitores para 2022”.
A pesquisadora Esther Solano disse para a reportagem:
“Se no dia 7 houver bastante gente na rua, mas houver um clima agressivo, pró-golpe militar, muita gente fardada, aquela atmosfera intolerante, antidemocrática, isso tudo vai trazer coesão à base mais radicalizada. Mas a atmosfera de violência latente afasta a parte mais moderada, que já está olhando com preocupação um possível cenário violento, de polarização extrema e agressiva nas eleições de 2022.”
Depois de 7 de Setembro, a bolha dentro da bolha, cheia de malucos que rasgam dinheiro, vai se tornar ainda menor – e ainda mais dependente de um golpe para se manter no poder.
(*) Por Diogo Mainardi
Redação O Antagonista
Reproduzimos no www.carlosdehon.com
Nenhum comentário: