Casos de dengue, zika e chikungunya no Ceará aumentam 153% em 2022



No Ceará, as notificações de casos de dengue, zika vírus e chikungunya cresceram 153,2% em 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. A elevação foi de 738 para 1.869 ocorrências, conforme a Secretaria de Saúde do estado (Sesa).

O município de Barbalha, na região do Cariri, é o que apresenta maior incidência de notificações no intervalo de tempo (579 por 100 mil habitantes) e foi o primeiro a solicitar o método conhecido como Ultra Baixo Volume (UBV) – conhecido como fumacê – para combater o Aedes aegypti, causador das doenças. A operação na cidade conta com três ciclos de pulverização, todos ainda em fevereiro, abrangendo 600 quarteirões e envolvendo seis servidores em três carros.

A população tem papel importante no combate ao Aedes aegypti. Recipientes ou locais descobertos que possam acumular água podem virar criadouro do inseto. Por isso, os cuidados e a manutenção dos reservatórios devem ser constantes, sendo realizados, pelo menos, uma vez por semana.

“Este aumento acende um alerta muito importante, principalmente, neste período de chuvas em que alguns reservatórios ou recipientes podem estar disponíveis ou descobertos, sendo um ambiente favorável para o Aedes aegypti. É um momento de redobrar ainda mias os cuidados, de se proteger, sempre que possível com uso de repelentes, mas, principalmente, verificar se na sua residência existe algum depósito que esteja destampado, porque ele pode virar um criadouro do mosquito”, orienta a secretária executiva de Vigilância e Regulação em Saúde, Ricristhi Gonçalves.
Cenário

A elevação das notificações foi puxada pelos casos suspeitos de dengue, que cresceram de 667 para 1.470; e de chikungunya, com salto de 66 para 392 casos. As notificações de zika caíram de 15 para sete.

No cenário de crescimento das notificações, outros municípios da região do Cariri são monitorados pela Sesa, visto o potencial de alta transmissão. São eles: Juazeiro do Norte, Crato e Brejo Santo.

Posso passar dengue, zika ou chikungunya para alguém?

Diferentemente da Covid-19, a dengue não é transmissível de pessoa para pessoa. A forma mais comum de transmissão das três arboviroses é pela picada do mosquito Aedes aegypti. No entanto, há uma exceção, explica o médico sanitarista Claudio Maierovitch. “Pode acontecer, em especial no caso de zika, a transmissão pela via sexual.

Daí também uma razão a mais para que durante este período as pessoas se protejam para o sexo, especialmente com o uso da camisinha”, orienta. O zika vírus pode ser transmitido na gestação, da mãe para o feto, e pode causar má formações congênitas no bebê, como a microcefalia.

(*) GC+

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