TRF-5 determina anulação de busca e apreensão contra Ciro referentes à "Operação Colosseum"

FORTALEZA-CE, BRASIL, 21-02-2022: Ciro Gomes, pré-candidato a presidente do Brasil pelo PDT participou de almoço com o LIDE-CE no Hotel Gran Marquise realizando debate de ideias para o Brasil. (Foto: Júlio Caesar/O Povo)(foto: JULIO CAESAR)


O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) decidou acatar nesta terça-feira, 22, por unanimidade, um habeas corpus solicitado pela defesa do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) em prol anulação da busca e apreensão feita contra o pedetista em dezembro de 2021, no âmbito da "Operação Colosseum". Comandada pela Polícia Federal (PF), a ação seguiu com investigações tendo como alvos os irmãos Ciro (PDT) e Cid Gomes (PDT), pré-candidato à Presidência e senador, respectivamente.

Os políticos foram investigados sobre supostas fraudes na reforma da Arena Castelão, entre 2010 e 2013, quando o estado do Ceará era governado pelo atual senador da República Cid Gomes. A apuração encontrou indícios de pagamentos de até R$ 11 milhões em propinas em dinheiro, disfarçadas de doações eleitorais e com notas fiscais fraudulentas, feitas por empresas fantasmas.

Ainda em dezembro, o Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE) opinou contra o mandado de busca e apreensão. A Procuradoria defendeu que a medida seria pouco efetiva, pois entendeu que os acontecimentos eram antigos. Com esse período de tempo, seria pouco provável a preservação de provas associadas aos suposto esquema de corrupção. O inquérito teve início em 2017 e contou com relatos de quatro delatores, incluindo dois executivos da Galvão Engenharia

Contudo, o MPF foi favorável às quebras de sigilos bancário e fiscal dos irmãos, incluindo Lúcio Gomes, que à época dos fatos investigados, era secretário de Infraestrutura do Ceará. Ciro e Lúcio também tiveram o sigilo telefônico quebrado.

No ano passado, Ciro classificou a operação como uma “aberração”, que seria resultado da “intrusão” do presidente Jair Bolsonaro (PL) na PF. Segundo o ex-ministro, a licitação das obras no Castelão foi decidida “pelo menor preço”, e os valores para pagamento das faturas vinha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Dessa forma, segundo o presidenciável, a ideia de que houve atrasos nos pagamentos para gerar constrangimento e possibilitar o recebimento de propinas não se sustenta, já que os valores para pagamento vinha do banco público e não do tesouro do Estado.

(*) O POVO
www.carlosdehon.com

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