"Harvard teve muitas chances de fazer o correto. Negou-se. Perdeu a certificação do Sevis como resultado do descumprimento da lei. Que isso sirva de aviso a todas as universidades e instituições acadêmicas do país", publicou Kristi na rede social X.
Segundo a secretária, Harvard fomenta a violência e o antissemitismo e "se alinha com o Partido Comunista da China em seu campus". Em comunicado enviado à agência de notícias France-Presse, a Universidade de Harvard classificou a ação do governo como "ilegal". "Estamos totalmente comprometidos a manter a capacidade de Harvard de receber nossos estudantes e acadêmicos internacionais, que são procedentes de mais de 140 países e enriquecem a universidade e esta nação de forma incomensurável", afirmou.
A nota adverte que "a ação retaliatória ameaça prejudicar gravemente a comunidade de Harvard e o país, e prejudica a missão acadêmica e de pesquisa da universidade". O número de estudantes estrangeiros em Harvard chega a 6.793, o que representa 27,2% do total. A cada ano, a instituição recebe entre 200 e 300 alunos e acadêmicos brasileiros.
Alex Keyssar, professor de história e de política social da Universidade de Harvard, admitiu ao Correio que o veto de matrícula de estudantes estrangeiros se insere na continuação e na escalada da guerra lançada por Trump contra a instituição. "Uma razão pela qual isso se intensificou é que Harvard não recuou nem se rendeu às exigências anteriores feitas à universidade — exigências que significariam abrir mão da independência da universidade", observou. Para ele, o conflito atual deve ser compreendido também como uma guerra de procuração. "Ao lutar contra Harvard, o governo Trump ataca o ensino superior de forma mais geral, a ciência e o que percebe como sendo o establishment liberal."
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