AUSÊNCIA DE INDÍCIOS SUFICIENTES”
Os dois ex-policiais militares, José Luciano Souza de Queiroz e Glauco Sérgio Soares do Bonfim, vão a júri popular pela morte do advogado Francisco Di Angellis Duarte de Morais, em maio de 2023, em Fortaleza. Eles são acusados de serem os executores do crime. Já o empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso, apontado como mandante do crime, foi inocentado.
A Justiça acolheu parcialmente o pedido de pronúncia (levar os réus a julgamento) feio pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) contra os acusados.
“Pronuncio os acusados José Luciano Souza de Queiroz e Glauco Sérgio Soares do Bonfim. Por outro lado, impronuncio o acusado Ernesto Wladimir Oliveira Barroso, por ausência de convencimento quanto aos indícios suficientes de autoria ou de participação desse réu nos crimes narrados na denúncia”, diz a pronúncia proferida na segunda-feira (19).
Também foi mantida a prisão preventiva dos dois ex-policiais militares. Já Ernesto Wladimir, que se encontrava em prisão domiciliar, teve a medida revogada.
ENTENDA
O advogado foi morto a tiros na porta de casa, no bairro Parquelândia. Os suspeitos chegaram em uma motocicleta e atiraram contra a vítima. O empresário e os dois ex-policiais militares foram presos por suspeita de envolvimento no assassinato no dia 15 de junho de 2023.
Conforme o Ministério Público, Ernesto Wladimir teria encomendado a morte do advogado para se vingar de uma extorsão, e os dois ex-PMs teriam sido contratados. O empresário, dos ramos de cooperativa de saúde e postos de combustíveis, teria pagado à vítima R$ 800 mil para “resolver” matérias publicadas em um portal que questionavam sua rápida ascensão econômica.
“O pagamento serviria como álibi para despistar que tivesse interesse em matar Di Angellis Morais. Isso se mostra evidente no fato de que ao mesmo tempo em que realizou o pagamento, o réu determinou a instalação do rastreamento no veículo da vítima, visando assassiná-la, vingar a extorsão e sinalizar que não aceitaria outra extorsão dessa natureza”, justifica o MP.
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