ENVIADO À JUSTIÇA
Mais de 40 pessoas foram presas e 98 denunciadas por ações de um grupo criminoso responsável por ameaçar eleitores e extorquir candidatos nas eleições municipais em Caucaia, no ano passado.
As detenções foram realizadas pela Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social informa que o inquérito policial que investigava o grupo já foi concluído e encaminhado ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE).
RELEMBRE A CAMPANHA MUNICIPAL EM CAUCAIA
Os casos de violência foram marcantes no último processo eleitoral de Caucaia. Os três candidatos mais votados no pleito, Naumi Amorim (PSD), Emília Pessoa (PSDB) e Waldemir Catanho (PT), receberam ameaças e ataques diretos.
As ações vão desde disparos de arma de fogo em uma caminhada de apoio a Naumi até um projétil atingindo um carro da campanha de Catanho e tiros disparados em frente à casa de Emília, enquanto a candidata promovia um encontro relacionado à campanha. Um muro também foi pichado com a frase "bala na Emília".
Marlucia Ramos (PSD), então candidata a vereadora, também sofreu um ato de violência no bairro Planalto Caucaia. A ação terminou com três pessoas feridas após disparos de arma de fogo. As vítimas eram todas conhecidas da candidata, incluindo o seu neto.
Em setembro, 34 pessoas foram presas preventivamente por envolvimento nos ataques a Naumi e Emília, em uma operação denominada “Complevit”. Os suspeitos possuíam antecedentes criminais por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e por integrar organização criminosa, e nove deles já estavam detidos.
Segundo as investigações, as ameaças eram feitas por membros de uma facção criminosa, que estariam exigindo de R$ 50 mil a R$ 100 mil das campanhas para “permitir” ações em regiões da cidade. Além do Ceará, os mandados de prisão foram cumpridos nos estados da Bahia, Pará, Rondônia e Tocantins.
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