O censo mais recente do Primeiro Comando da Capital (PCC) mostra que o Ceará ocupa um papel de destaque na expansão da organização. Com 2.741 pessoas, o Estado fica atrás apenas de São Paulo (9.018) e Paraná (3.186) em quantidade de integrantes. Os dados foram obtidos pelo Ministério Público de São Paulo a partir da interceptação de mensagens entre os criminosos, que costumam fazer, periodicamente, censos sobre seus afiliados.
Em 2025, completam-se 20 anos do furto milionário do Banco Central. Natural do município de Boa Viagem, Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, um dos líderes do furto milionário, era considerado um “primo” (simpatizante) do PCC desde 1994, quando participou do assalto a um carro blindado, em que dois vigilantes foram mortos e dois malotes foram levados. De acordo com a Polícia Federal, após o furto ao Banco Central, ele teria se escondido durante um tempo no interior paulista sob proteção da organização.
Para Bruno Paes Manso, jornalista e autor do livro "A Guerra: a ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil", haveria digitais de lideranças do PCC nessa ação criminosa que desafiou o imaginário social dada sua complexidade e ousadia. Ele acredita que a alta cúpula da facção tinha conhecimento desse crime e que uma liderança superior teria reunido e articulado os homens que furtaram R$ 164 milhões.
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