Após 15 horas de júri, Ednardo dos Santos Lima foi condenado a 790 anos e 4 meses de prisão pela Chacina das Cajazeiras. O réu foi o primeiro acusado pelo crime a ser levado para o Tribunal do Júri, em Fortaleza.
A decisão pela condenação partiu do conselho de sentença formado por sete jurados populares. A pena deve ser cumprida em regime inicialmente fechado, sendo negado ao réu recorrer em liberdade.
Ednardo já saiu do Fórum Clóvis Beviláqua sob escolta. O acusado é apontado pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) e pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) como um líder da facção Guardiões do Estado (GDE) e um dos mandantes do ataque.
14 pessoas morreram na chacina ocorrida dentro e no entorno do 'Forró do Gago', em janeiro de 2018. O episódio foi um dos mais violentos no Ceará. A defesa do réu não foi localizada pela reportagem para comentar a sentença.
O JÚRI
O julgamento começou por volta das 9h30, com o sorteio dos jurados. Em seguida, uma testemunha convocada pela defesa foi ouvida e o interrogatório do réu finalizado.
A sessão foi suspensa para almoço e retomada por volta das 13h, quando se deu início a fase dos debates entre acusação (Ministério Público) e defesa (advogados). Houve réplica e tréplica.
A reportagem do Diário do Nordeste apurou que Ednardo foi pronunciado no dia 25 de julho de 2023. A defesa dele recorreu, mas a 1ª Câmara Criminal do TJCE manteve, na íntegra e por unanimidade, a decisão de que Ednardo fosse ao Tribunal do Júri.
O Ministério Público afirma que "restou evidenciado que o denunciado, em unidade de desígnios e em concurso com outras pessoas, igualmente denunciadas, atuou para consumar os intentos homicidas, na condição de mandante, bem como os crimes conexos, o que justifica a responsabilização com relação aos homicídios tentados e consumados", sobre a participação de 'Aço' no crime.
(*) DN
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