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Os aposentados da zona rural correspondem a 67% das vítimas do esquema bilionário de fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os descontos a esse grupo somam R$ 2,87 bilhões, segundo o inquérito da Polícia Federal (PF).
“Tal distinção é relevante tendo em vista as diversas peculiaridades que envolvem os descontos associativos, desde a exigência de autorização para o desconto, passando pelo acesso a possíveis serviços a serem prestados, até dificuldade/facilidade para cancelar os descontos indevidos, dada a dificuldade de acesso à internet em comunidades rurais, bem como para deslocamento a uma agência do INSS e para acesso aos possíveis serviços eventualmente disponibilizados pelas entidades associativas”, diz o documento obtido pela CNN, no sábado (3).
RESSARCIMENTO
Em fase final, o chamado Plano de Ressarcimento Excepcional está sendo elaborado pelo próprio instituto. Assim que a proposta for concluída, vai ser encaminhada para avaliação da Casa Civil da Presidência da República, de acordo com a AGU. Depois vai ser apresentada ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública da União.
Após a descoberta pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União de descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, o presidente Lula determinou a criação de um plano para que o dinheiro fosse devolvido. Em pronunciamento pelo Dia do Trabalhador, na última quarta-feira (1º), Lula defendeu o ressarcimento às pessoas prejudicadas.
Esta fase final do plano já conta com o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, que assumiu o instituto depois que o presidente Lula demitiu Alessandro Stefanutto. Os descontos indevidos em aposentadorias tiveram início em 2016, sendo ampliados em 2019, no governo anterior. Segundo a CGU, entre 2019 e 2024, mais de R$ 6 bilhões foram descontados a favor de associações e entidades de classe.
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