Eleitores de oito estados brasileiros que têm maior representatividade no país preferem uma terceira via para o pleito no próximo ano. De acordo com dados da Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta sexta-feira (22/8), avaliando os governadores dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco, que representam 66% do eleitorado brasileiro, a maioria dos entrevistados prefere que o próximo governador não seja aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — que está inelegível, é réu no processo da tentativa de golpe de 8 de Janeiro e também precisará explicar movimentações suspeitas de R$ 30 milhões entre 2023 e 2024, conforme investigações da Polícia Federal (PF).
Em todos os estados, a preferência dos entrevistados é por um governador independente, conforme dados da pesquisa. Os percentuais variaram entre 44%, em Pernambuco, e 60%, no Rio Grande do Sul. Conforme os dados do levantamento, a ideia de um sucessor no governo estadual aliado a Lula agrada a 40% dos entrevistados da Bahia e de Pernambuco.
Nos demais estados, menos de 20% querem um aliado do atual presidente como governador. Já um aliado ao ex-presidente Bolsonaro é a preferência de 30% de eleitores de Goiás, o maior percentual, seguido do Paraná, de 27%. Em São Paulo, estado mais populoso do país, apenas 23% dos eleitores preferem um aliado de Bolsonaro e 17%, um aliado de Lula. Na Bahia, estado em que o petista teve maior percentual de votos em 2022, 9% manifestaram a preferência por um aliado de Bolsonaro.
A pesquisa realizada pela Quaest, em parceria com a Genial Investimentos, revelou ainda que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), obteve o maior índice de aprovação entre os oito estados pesquisados, de 88%, patamar que vem registrando desde abril de 2024. Em seguida, o governador do Ratinho Júnior (PSD), com 84% de aprovação, registrou melhora contínua desde o início da série.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem 60% de aprovação e é visto como merecedor de mais um mandato por 43% dos entrevistados. Em segundo lugar, o ex-governador e vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) obteve 21% das intenções de voto entre os eleitores paulistas.
Na Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem aprovação de 59% dos eleitores, mas 34% das intenções de voto para as eleições de 2026. Enquanto isso, ACM Neto lidera a preferência, com 41% da preferência.
Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) enfrentou queda na aprovação e alta na desaprovação nas últimas três rodadas, mas ainda é aprovado por 55%, contra 33% que desaprovam seu governo, segundo o levantamento.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), é aprovado por 58% e desaprovado por 38%. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), é aprovada por 51%, contra 45% de desaprovação.
E o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), divide fortemente as opiniões no Rio de Janeiro, com aprovação de 43% e desaprovação de 41%. O prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes (PSD), lidera a corrida para o governo fluminense com 28% das intenções de voto. No Paraná, o ex-ministro e senador Sergio Moro (União) é o preferido, 38% das intenções de voto.
A pesquisa, que avaliou a aprovação e a prestação de serviços dos governadores, a crise criada pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo a opinião dos entrevistados sobre a atuação dos governadores, de Lula e de Bolsonaro diante da sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros que entrou em vigor desde o dia 6 deste mês.
A avaliação do chefe do Executivo foi considerada ruim por 62% dos eleitores do Paraná, 59% dos eleitores de São Paulo e do Rio de Janeiro. A atuação de Bolsonaro foi considerada ruim por 74% dos eleitores da Bahia; para 67% dos eleitores da Bahia; e para 58% eleitores do Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Foram realizadas 10.146 entrevistas com brasileiros de 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro estimada da pesquisa é de dois pontos percentuais em São Paulo e de três pontos percentuais nos demais estados. O índice de confiança é de 95%.
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