Apesar da falta de unidade da bancada oposicionista no Ceará, o deputado Queiroz Filho (PDT) acredita que a falta de entregas por parte do Governo do Estado pode favorecer uma candidatura da oposição no pleito do próximo ano. Segundo ele, o Ceará apresenta falhas sérias na questão econômica, na Segurança Pública e na Saúde, com quadro preocupante na fila de cirurgia.
Ele apontou que o projeto hegemônico do Partido dos Trabalhadores (PT) no Ceará e no Brasil tem sido prejudicial para o Estado, principalmente, no que diz respeito à falta do efeito daquilo que foi prometido pelo governador Elmano de Freitas em campanha. “Não melhorou a vida dos cearenses. O Ciro previu isso lá atrás. A gente vê um endividamento na área da economia. A insegurança é uma tragédia, onde as coisas estão piorando. Na saúde a gente vê que as filas não foram zeradas, como prometido. Muito papo e pouca ação”, disparou.
Segundo ele, a falta de unidade na oposição é algo facilmente de ser superável, tendo em visto o desejo da oposição de apresentar um novo projeto ao Estado. “Por tudo isso, acho que pode haver convergência da oposição. Temos divergências, mas elas são superáveis em prol da melhoria da vida do povo cearense”, afirmou.
Atualmente, apesar de tentar demonstrar união, a oposição demonstra ter muitas camadas de desavenças internas. O ex-deputado Capitão Wagner, atual presidente do União Brasil, não compareceu ao aniversário de Roberto Cláudio na sexta-feira passada. Aliás, em eventos em que Ciro Gomes está presente, Wagner evita comparecer.
O deputado federal André Fernandes, principal liderança do Partido Liberal, até foi à festa, mas ficou pouco tempo. Em julho, ele chegou a dizer que sua legenda teria candidatura própria, não confirmando apoio a nomes de outras agremiações.
Já Ciro Gomes tem um histórico de críticas a Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República e principal liderança dos bolsonaristas do PL. O pedetista terá dificuldade de demonstrar qualquer aproximação com Bolsonaro. No entanto, segundo Queiroz, Ciro tem demonstrado muita preocupação com o Ceará, apesar de ainda ser lembrado como referência na conjuntura nacional.
Aguardar
“O que noto é um zelo do Ciro com o Ceará. Ele não descarta a possibilidade de aceitar uma candidatura ao Governo, mas ele tem colocado que seu pré-candidato é o Roberto (Cláudio). Eu não descarto a possibilidade de ele vir a ser candidato. Mas vamos aguardar”.
Ainda de acordo com o deputado, o momento é de tranquilidade para averiguar todos os quadros, partidários, nacional e local. “Eu vejo a turma querendo, vejo um desejo. Mas vai depender das alianças. Isso tem que partir do bloco de oposição. Mas a turma tem interesse que ele venha disputar o Governo. Mas aí vai depender do PL, União Brasil, Progressistas, PSDB”, concluiu.
(*) Blog do Edson Silva - Política







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